Tem coisas que a gente não sabe como explicar. Hoje, o mundo se despediu de Elza Soares, uma das maiores vozes da história da música, que faleceu aos 91 anos de causas naturais. Partiu justamente no dia do aniversário de 39 anos de falecimento de Mané Garrincha, com quem teve um relacionamento por 17 anos.
A Voz do Milênio, como era chamada, contou em uma entrevista, há quatro anos, que o título da Copa de 1962 foi uma promessa de Garrincha a ela. “Ele me prometeu e disse: ‘Olha criola, essa Copa eu vou dar pra você, vou fazer gol pra você (…) Eu nunca gostei de ser mulher de fulano. Eu sou eu. Não era preciso ser mulher do Garrincha pra ser a Elza Soares. O Garrincha era marido da Elza Soares”, disse.
O esporte fazia parte da vida de Elza. Estava em suas letras, canções e entrevistas. Em “Pro Esporte”, ela não perde um pingo de elegância ao abordar a temática e descrever com detalhes o que São Paulo tinha de grandes valores e riquezas esportivas nos anos 1970.
Mulher do fim do mundo, Elza foi, e foi até o fim cantar. Hoje ela se reencontra com Garrincha e com o filho Manoel Francisco dos Santos Júnior, o Garrinchinha, que aos 9 anos morreu em um acidente de carro.
Tem coisas que a gente realmente não sabe explicar, e nem precisa.