(Foto: Pedro Castillo/Real Madrid)
Existe uma diferença clara entre Real Madrid e Barcelona.
O clube merengue tem um time pronto, definido, que disputa a temporada em alto nível — a ponto de se colocar entre as melhores equipes do mundo — e que consegue dar ritmo aos seus principais jogadores.
Já o Barcelona é diferente: ainda está em construção e com atletas voltando a campo após um longo período de inatividade.
O clássico pela semifinal da Supercopa da Espanha deixou esses aspectos em evidência, embora o confronto tenha sido muito equilibrado.
O time do Barcelona estava cheio de jogadores que estavam ganhando ritmo na partida como Pedri, Ferrán Torres, Memphis e Ansu Fati, e ainda assim conseguiu manter o jogo bastante nivelado, chegando a igualar o placar em duas oportunidades e levando o jogo para a prorrogação.
O Real apostava bastante na velocidade de Vinícius Jr., que travou um interessante duelo com Daniel Alves. Era um excelente teste para o lateral de 38 anos, que ainda vislumbra disputar a Copa. Ainda no primeiro tempo ele tomou um cartão amarelo e na jogada do segundo gol falhou ao um dar um bote em falso e deixar a defesa exposta — mas não fez um jogo ruim, no geral.
No geral, o Real Madrid foi melhor, e o placar resume bem isso. O Barcelona teve muitos momentos de brilho, especialmente na volta do segundo tempo. A equipe catalã tinha suas melhores chances por meio de jogadas de linha de fundo e bolas cruzadas à área por Dembélé.
O que me surpreendeu no Barcelona de Xavi foi a variação tática no meio da partida. Jordi Alba desempenhou o papel de um terceiro zagueiro e o time jogou no formato WM. O Barça se arriscou, foi para cima e pressionou, com cinco jogadores de ataque a partir da terceira linha. A exposição da defesa era, de fato, um risco. Dali surgiu a boa saída de bola de Casemiro, que pegou a defesa adversária bagunçada para armar um ataque mortal e liquidar a fatura.
A entrevista de Piqué ao término da partida é muito boa porque define bem esse Barcelona. Um time que está voltando a jogar, se acertando, e que agora precisa voltar a ganhar.
Quanto ao Real, fica próximo de poder conquistar a Supercopa da Espanha, além de ser o maior favorito a ganhar o Espanhol. Também está pronto para a Champions e terá vida difícil nas oitavas de final, contra o PSG.
