Ronaldo comprou o Cruzeiro. O investimento de R$ 400 milhões, para mim, representa o início de um novo movimento das sociedades anônimas do futebol brasileiro. No melhor dos mundos, clubes recebem aportes milionários, quitam suas dívidas e passam a trazer grandes nomes do esporte para a liga nacional, que assim será cada vez mais fortalecida.
O conto de fadas pode se tornar real, e pode se tornar um fiasco histórico; mas importante ressaltar que trabalha para curar uma das maiores doenças do futebol brasileiro: a má administração dos clubes. Enquanto forem geridos por políticos, tal problema será cada vez mais enraizado no esporte.
Em maio deste ano, foi publicado um estudo da consultoria “Sportsvalue” que apontava R$ 10,2 bilhões como valor total que os 20 clubes com as maiores dívidas do futebol brasileiro têm a pagar. Trata-se de um aumento de 17% na comparação com 2019.
O balanço de 2021 será divulgado apenas no próximo ano, mas a expectativa é de uma leve redução do valor, visto que Atlético-MG, com os títulos conquistados neste ano, e Corinthians, que registrou superávits no segundo semestre deste ano — os dois clubes estão entre os mais envidados da Série A.
Sobre o Cruzeiro, que possa quitar as dívidas logo (com o aporte emergencial de Ronaldo) e retornar à elite do futebol.