Paulinho está de volta ao Corinthians. Sua chegada ao clube representa muito mais do que o retorno de um grande ídolo. São mais alternativas táticas para Sylvinho trabalhar, mais repertório ao meio-de-campo alvinegro e qualidade à equipe.
Paulinho pode ser a chave que Sylvinho procurava para liberar Cantillo ao jogo. Segundo o treinador, o jogador colombiano não é primeiro volante, mas “um meia que joga atrás dos volantes”. A lógica lembra Pirlo, que armava o time jogando por trás de Gattuso e Ambrosini — dois jogadores que iam para o combate à frente.
Paulinho pode ser coringa. Além do trabalho na marcação, será fundamental para preencher espaços no ataque — função que o destacou no futebol mundial, tanto pelo Barcelona quanto pela Seleção Brasileira. Não se tratava, simplesmente, de ser o “homem surpresa”, mas de sempre chegar em condições ideais de marcar gols. Tal papel me lembra como Guardiola usa Gundogan para chegadas ao ataque.
E as alternativas ofensivas não são poucas. Se Sylvinho quiser abrir a defesa adversária, como muito fez nesta temporada, descartará um meio-campista para jogar com três atacantes. Se preferir por mais qualidade no meio-de-campo, lançará dois avantes seguidos pelo quarteto Cantillo, Giulliano, Paulinho e Renato Augusto — muito forte ofensivamente.
O Corinthians ainda busca mais um centroavante, um nome de peso, e aos poucos vai tomando mais cara de competitividade na Libertadores.