O Flamengo está perto de um acerto com Paulo Sousa, atual técnico da seleção polonesa. As negociações com Jorge Jesus esfriaram após o auxiliar João de Deus confirmar o encontro do treinador com os dirigentes do rubro-negro. Isso repercutiu negativamente na cúpula da Gávea, que preferiu seguir com um plano antigo.
Paulo Sousa já era preterido pelo Flamengo antes mesmo da contratação de Domènec Torrent. Assim como todo treinador estrangeiro que vem ao Brasil, chegará como uma aposta: pode dar muito certo, como Jesus, e pode dar errado, como Dome. Os números de Sousa me chama atenção.
Em seu mais recente trabalho, pela seleção polonesa, foram 15 jogos: seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Venceu apenas Albânia, Andorra e San Marino (dois triunfos sobre cada uma). Na Eurocopa, perdeu para Eslováquia e Suécia, empatou com a Espanha e foi embora em último lugar no Grupo E. E pelo Bordeaux, teve mais derrotas do que vitórias, em duas temporadas: 42J, 13V, 12E e 17D.
Sobre títulos conquistados na carreira, ganhou a Taça da Liga e a Supertaça da Hungria, pelo Videoton, o Campeonato Israelense, pelo Maccabi Tel Aviv, e a Super Liga Suíça, pelo Basel — este o de maior expressão.
Sobretudo, o que mais desperta interesse no treinador é o estilo ofensivo. Pode ser bem visto no Brasil, ainda mais porque é propício a encaixar bem no Flamengo; mas o que realmente vai avaliar o trabalho do treinador são resultados. Ceni e Renato Gaúcho são exemplos claros.