Uma batida mudou completamente o desfecho do mundial de Fórmula 1 até o momento em que, na volta de número 53, Latifi teve um acidente, obrigando a interrupção da corrida e a entrada do Safety Car.
Até aquele momento, Hamilton, com uma boa largada, com um tempo de reação 1 décimo de segundo mais rápido do que Verstappen, estava dominando. Com 13 voltas, já tinha mais de 5 segundos de vantagem, o que não se modificou nos pit stops de ambos. Quando tudo então parecia encaminhado para o merecido oitavo título mundial de Hamilton, essa batida mudou tudo e fez com que a luta pelo título se resumisse a uma última volta em que Verstappen, com pneus novos, ultrapassou Hamilton e surpreendentemente, levou o título mundial.
Se Verstappen e Red Bull merecem elogios pelo triunfo, o box da Mercedes, em minha opinião, tem alguma responsabilidade na derrota de Hamilton. Isso porque, em regime de Safety Car, a Red Bull, que não tinha mais nada a perder, optou por trocar pela 3ª vez os pneus de Verstappen, enquanto a Mercedes preferiu apostar na habilidade de seu piloto para ir até o fim sem nenhuma outra troca a não ser a primeira e única feita na volta 15, uma tática que se revelou errada e impediu que Hamilton resistisse ao ataque de Verstappen na volta final, após a saída do Safety Car.
In the end, it went right down to the *very* end
Max Verstappen passes Lewis Hamilton on the final lap of the final race of 2021, to claim the title ?
What a season
What a battle #AbuDhabiGP ?? #F1 pic.twitter.com/HK6C3pzJru
— Formula 1 (@F1) December 12, 2021
Como conclusão, Verstappen, Red Bull e Hamilton podem sair de Abu Dhabi cientes que fizeram tudo o que estava ao seu alcance. O box da Mercedes, pelo contrário, se tiver um mínimo de autojulgamento, deve convir que jogou fora o título. Apesar disso, a equipe alemã ainda levou para casa o seu 8º título do campeonato de construtores.
Na luta interna da Ferrari, que foi a 3ª força do campeonato, Sainz acabou levando a melhor na classificação final do campeonato com seu 5º lugar, frente ao companheiro Leclerc, que ficou em 7º, o que coloca os dois pilotos no mesmo plano, embora muitos continuem acreditando que o potencial de Leclerc é superior ao de Sainz.
Esta foi a 349ª corrida do finlandês Kimi Raikkonen, que se despede das pistas levando como mais agradável lembrança o título mundial por ele conquistado em 2007. Aliás, o último conquistado pela Ferrari, cujo jejum já dura 14 anos.