A ano de 2021 não foi fácil, oscilou entre altos e baixos com a falta de insumos como semicondutores, que derrubaram da lista de mais vendidos carros como o Chevrolet Onix, por exemplo, fazendo com que o mercado se comportasse de forma totalmente atípica.
Enquanto uns cresceram por terem ainda insumos, como foi o caso da Fiat que ocupou o lugar de topo dos mais vendidos, sucedendo o Onix como já citamos acima ou a Toyota que também seguiu e segue uma rígida programação de produção, não tendo entrado em dificuldades por esse motivo, outros sofreram muito e também em função das novas leis, sua produção ficou totalmente obsoleta. Com projetos já antigos, precisando de grandes reformulações, muitos carros deixaram de existir. Confira abaixo quais foram!
1. Ford Ka
Assim que a Ford anunciou, no início de janeiro, que estava deixando de fabricar seus carros no Brasil, o Ka foi o primeiro a ter anunciado seu fim, incluindo as versões Hatch e sedã. Por um bom tempo o Ford Ka foi sinal de design inovador, tendo marcado época no Brasil. Era um hatch que não estava no topo de vendas, mas desfilava entre os três primeiros carros de passeio mais vendidos do país em sua terceira geração. Era, junto com o EcoSport, o modelo mais vendido da marca por aqui, que optou por trazer carros importados de maior valor agregado focando em picapes e SUV’s e abandonando os carros de entrada.
2. Ford EcoSport
Consequência do mesmo motivo que levou ao fim do Ka, o Eco teve decretado seu fim após ter deixado um legado incrível, tendo sido ele a inaugurar o segmento de SUV’s e ter vendido um volume tão grande no mercado. Deixou registrada a marca de 1,2 milhão de unidades comercializadas em 17 anos.
3. Toyota Etios
O Toyota Etios ocupou um lugar de destaque para a marca que, no Brasil, não tinha carros de entrada, começando sua linha pelo campeão mundial de vendas, Corolla. O Etios foi lançado nas versões hatch e sedã e não emplacou um sucesso de cara por ter um visual bem controverso e o interior, simplista. No entanto, a marca Toyota segurou sua reputação e credibilidade levando-o a vender tudo que era produzido.
Porém, com o aumento de lançamentos da concorrência, ele perdeu espaço rapidamente e deixou de ser produzido para o mercado brasileiro, sendo ainda produzido aqui para a América Latina.
4. Volkswagen Up!
O VW Up! já nasceu mal posicionado. Carro de sucesso na Europa, pelo bom motor que trazia, chegou ao mercado brasileiro custando mais que o Gol, o grande sucesso da marca e sobreviveu por um bom tempo até que a legislação que entrou em vigor esse ano passou a exigir cinto de segurança de três pontos junto com apoio de cabeça para todos os ocupantes e o Up! passou a ser homologado como carro de passeio para 4 passageiros. Isso foi o início de seu fim, que ocorreu em abril desse ano.
5. Chevrolet Montana
O mercado de picapes pequenas sempre foi liderado pela Fiat Strada e sua principal concorrente mas com números muito menores de venda sempre foi a VW Saveiro. A Chevrolet beliscava as sobras de mercado dessas duas e, diga-se de passagem, até que durou bastante tempo, desde 2003 até 2021. Mas a marca desistiu do produto mas não do nome, guardando o nome Montana para batizar sua próxima picape que será intermediária, lançada sobre a base do Tracker e vai concorrer com a Toro.
6. Volkswagen Fox
Durante 18 anos, a Volkswagen produziu aproximadamente 1.8 milhão de unidades do Fox em sua fábrica em São José dos Pinhais (PR) e inclusive o exportava para a Europa. Mas, após atingir a maioridade, o Fox se aposentou, dando lugar a outros produtos. Mas vale ressaltar que foi ele que inaugurou o segmento de hatches mais altos, tendo lançado o Fox Cross que foi um sucesso por muito tempo.
7. Fiat Grand Siena
A Fiat sempre teve dificuldades para emplacar como faz com seus outros carros no mercado de sedãs no Brasil. O Fiat Grand Siena foi um redesenho feito pelas equipes de design da Fiat do Brasil e Itália do Siena, versão sedã do Palio e, de fato, ficou bem melhor. Cativou um público que gostava de sedãs e prolongou a vida do Siena até 2021, tendo ficado entre Siena e Grand Siena por 24 anos no mercado. Para substituí-lo, a Fiat deve fazer adaptações no Fiat Cronos para reduzir custo colocando um motor 1.0 para não perder esse espaço no mercado.
8. Troller T4 e TX4
A Ford comprou a Troller em janeiro de 2007 e herdou com isso os incentivos fiscais oferecidos para as empresas de automóveis que se estabeleceram no nordeste, aproveitando para sua fábrica na cidade de Camaçari (BA). Esse ano, quando a Ford anunciou sua retirada do Brasil como montadora, a Troller foi oficialmente desativada e seus carros viram o fim de sua produção.
9. Nissan Versa V-Drive
Em setembro desse ano a Nissan informou oficialmente o fim da fabricação do Versa V-Drive, que era produzido em Resende (RJ), porém garantindo a seus proprietários a continuidade de manutenção e reposição de peças. Quando chegou a nova geração do Versa ao Brasil, o V-Drive tinha ficado como modelo de entrada do segmento, mas muito defasado em relação ao irmão mais novo recém lançado. Assim, a Nissan optou por encerrar sua produção como “fim de um ciclo natural de vida do produto”.
10. Honda Fit
A Honda adotou uma estratégia particular para a vida do Fit. Foi reformulado e já apresentado em nova geração no Japão, porém, para o Brasil, seu preço ficaria proibitivo. Assim, a marca optou por para sua produção no mercado brasileiro e substituí-lo pelo novo Honda City hatchback, que chegará em janeiro de 2022. Suas últimas unidades estão vendidas agora em dezembro.
11. Honda Civic
No último dia 9 de dezembro, a última unidade do Honda Civic foi produzida no Brasil, na fábrica de Sumaré que também encerrou suas atividades. Após pouco mais de 24 anos por aqui, seu fim foi anunciado, tendo sido o primeiro sedã que a Honda produziu no Brasil. Passou por uma enorme reestilização e, assim como o Fit, ficou muito sofisticado e caro para o mercado brasileiro. Será oferecido como importado a partir de 2022 para não deixar órfãos seus fãs.
Para ocupar seu lugar no mercado, a Honda lançou o Novo City sedã, maior e mais tecnológico.