A decisão da Libertadores reuniu os campeões de suas mais recentes edições. A promessa era realmente de bom jogo, e tivemos a prova do que há de melhor no futebol sul-americano.
O destaque da etapa inicial vai para a leitura de Abel sobre o lado esquerdo da defesa do Flamengo. Em uma jogada treinada, Mayke — substituto de Marcos Rocha — correu nas costas de Filipe Luis, invadiu a área com liberdade e cruzou para Raphael Veiga, de frente para o gol, abrir o placar.
Depois do gol, o Palmeiras concentrou seus esforços na parte defensiva. Baixou a marcação e, com Scarpa aberto pela esquerda, montou uma linha de cinco defensores. O Flamengo apostava em jogadas de infiltração, e quase teve sucesso, mas os atletas palmeirenses passaram a brilhar.
O primeiro tempo do Palmeiras foi muito bom, porque os jogadores mais decisivos da equipe foram acima da média. Weverton foi espetacular em lance de Arrascaeta. Gustavo Gómez fez uma etapa impecável. Danilo, preciso nas coberturas. E Raphael Veiga, melhor jogador da equipe, foi iluminado.
Já o segundo tempo do Palmeiras, esse foi muito ruim. Manteve a proposta de oferecer mais espaço ao adversário. Isso permitiu que Flamengo crescesse no jogo e pudesse pressionar ainda mais no ataque.
Weverton fez mais um milagre, em lance de David Luiz. Danilo, que era um dos destaques da partida, se machucou, e o peso foi enorme para equipe de Abel — era o responsável por preencher espaços do campo e garantir a cobertura da defesa. A defesa alviverde sentiu falta do camisa 28, no lance do gol de Gabi, nas costas de Mayke.
O Flamengo seguia no campo de ataque, e o Palmeiras tinha dificuldades para trabalhar a bola no campo de ataque. Com a defesa alviverde bem armada, o jogo cada vez mais ganhava a cara de prorrogação.
No tempo extra, as duas equipes mantiveram suas posturas. O Flamengo crescia no ataque, e o Palmeiras esperava pelo erro rubro-negro para matar o jogo — e foi eficaz. O desgaste físico de Andreas Pereira se mostrou visível, e numa fração de segundos perdeu a bola para Deyverson, que decidiu a Libertadores para o Palmeiras.
Em quase dois anos, o pragmatismo de Abel Ferreira já entregou excelentes resultados à torcida alviverde. O bicampeonato da Libertadores é um feito para poucos, e estará eternizado na história do futebol sul-americano.