Em jogo absolutamente equilibrado, o Brasil ficou no empate sem gols contra a Argentina, fora de casa. Destaque para atuação impecável da defesa da Seleção Brasileira.
Até aqui, dos 68 jogos sob o comando de Tite, esse foi o 47º sem sofrer gols. Foram apenas 24 gols sofridos. Os números não mentem: o trabalho feito na defesa é elogiável. Contra os argentinos, não teve defeitos.
A Argentina também fez um bom jogo defensivo — manchado pela cotovelada de Otamendi em Raphinha. No primeiro tempo, falhou num contragolpe rápido do Brasil, desperdiçado por Vinícius Jr. Fora isso, o desempenho foi bastante seguro e agressivo, o que garantiu a igualdade no placar.
Jogo de muita marcação. As duas equipes tinham dificuldades para trocar passes no campo ofensivo. Do lado do Brasil, as ações se concentravam nas extremidades — na etapa inicial, foi mais pelo lado esquerdo. O erro foi apostar em muitas bolas de longa distância para Vinícius Jr. apostar corrida. Imagino que se investisse mais no um contra um teria mais sucesso — como no lance da carretilha, que foi mais utilizada como recurso pelo ponta do Real Madrid.
Por outro lado, a nova geração brasileira traz esperanças. A um ano da Copa, Tite ainda tem tempo para desenvolver um bom trabalho com esses jovens jogadores. Importante chegar no Mundial com a mesma maturidade vista hoje frente a Argentina, e mantendo esse futebol leve, rápido e agradável.
Pela Argentina, Di Maria era o mais perigoso para construir uma boa jogada individual. Messi esteve apagado, graças às boas atuações de Fabinho, no primeiro combate, e de Fred, na cobertura. Assustou pouco o Brasil, e quando conseguiu finalizar a gol Alisson foi bem.
De todo modo, o Brasil já entrou em campo classificado. A Argentina, com o empate e a derrota do Chile para o Equador, também carimbou passaporte para o Mundial.