A partir de amanhã, estádios de São Paulo voltam a operar com 100% da capacidade. É o retorno à realidade, após 17 meses de jogos com portões fechados. Trata-se da volta das festas nas arquibancadas e também, não dá para ignorar, das cenas de violência.
Hoje mesmo pudemos presenciar uma briga de torcedores organizados do Palmeiras com gremistas. O confronto teria ocorrido por conta de gestos racistas partidos de um torcedor do Grêmio aos palmeirenses — vídeos que circulam nas redes sociais confirmam o episódio e serão úteis para que as autoridades investiguem o caso.
Além disso, há também o lado dos clubes. Se por um lado podem voltar a se beneficiar da renda de bilheterias — o Corinthians, que amanhã joga de casa cheia contra a Chapecoense, espera arrecadar R$ 1,2 milhão e público superior a 30 mil pessoas —, por outro podem ser prejudicados. O Grêmio, com o episódio da tarde deste domingo, certamente será punido, seja com perda de mando de campo seja com mais jogos de portões fechados. O detalhe é que o time vive uma crise sem fim.
Diante disso tudo é importante frisar: a volta dos torcedores aos estádios tem o lado bonito da festa, do apoio e do lazer; mas sempre haverá a parte ruim, que expõe o preconceito e a violência, sem contar que prejudica os clubes.