A Seleção Brasileira teve uma queda significativa de desempenho em campo. Após um péssimo primeiro tempo contra a Venezuela, o Brasil apresentou leve melhora frente à Colômbia, mas ainda está longe de sua melhor forma.
Nos 45 minutos iniciais, em Barranquilla, a Seleção poderia ter matado o jogo em chances com Paquetá e Fred, mas ambos desperdiçaram. Aliás, o número de finalizações do Brasil foi muito baixo: nove (apenas quatro foram no alvo). Isso porque os jogadores de frente exageram no clareamento da jogada para finalizar a gol. E mais: o time de Tite joga com atacantes nas extremidades para abrir a defesa adversária, mas a grande parte das jogadas eram trabalhadas pelo meio.
O segundo tempo do Brasil foi ruim. Não foi só falta de inspiração, mas também de variação. Gabigol foi anulado o jogo inteiro, e Gabriel Jesus desempenha um importante papel na marcação pela direita. Na esquerda, Neymar teve uma de suas piores atuações com a camisa da Seleção. Tite demorou para mexer, aparentemente porque gostou do que viu na primeira etapa, mas quando mudou já não havia mais tempo hábil.
A mudança, mais uma vez, surge dos pés da dupla Raphinha e Antony. Os dois protagonizaram a melhor chance da Seleção no segundo tempo — terminou em excelente defesa de Ospina. No entanto, o Brasil pecava em compactação, e em muitas ocasiões foi possível perceber que o atacante do Leeds jogada isolado pela direita.
Pode parecer teimosia de Tite, mas é a necessidade de dar sequência à equipe. Foram quatro mudanças na escalação em relação ao jogo contra a Venezuela, mas o comportamento se manteve. É preciso mexer mais, e as melhores peças já se destacaram.