Faltou repertório ao Brasil no primeiro tempo contra a Venezuela. Talvez tenha sido a pior atuação em 45 minutos da Seleção nestas Eliminatórias. Sem Neymar, o time de Tite não tinha criatividade, muito menos lances irreverentes para quebrar as linhas adversárias. Venezuelanos chegaram a ter mais dribles em mais de meia hora de jogo (9 a 2).
Apático, o Brasil precisava de intensidade. Veio do banco. O estreante Raphinha deu gás à Seleção, e logo em suas primeiras ações conseguiu três escanteios. Foi dele o cruzamento para o gol de Marquinhos; a arrancada para o lance que geraria o pênalti em Gabigol, convertido no gol da virada, e a assistência para Anthony dar números finais ao jogo.
Raphinha mudou a partida. Aliás, as alterações promovidas por Tite deram outra cara ao Brasil. O treinador deixou de lado um pouco do conservadorismo, de manter sempre os mesmos na escalação, para novos testes. No fim, o resultado foi positivo.
O Brasil tem 99% de chances de se classificar à Copa do Catar — segundo Tristão Garcia. Há muito o que melhorar. O jogo contra a Venezuela expõe uma queda altíssima de rendimento da Seleção. Por outro lado, nomes como de Anthony e Raphinha surgiram em excelente hora.
Domingo o jogo é mais complicado: contra a Colômbia, fora de casa.