O Palmeiras superou o favoritismo do Atlético-MG, que jogava em casa diante da sua torcida, e garantiu vaga em sua segunda final consecutiva da Libertadores. Agora, espera Flamengo ou Barcelona de Guayaquil.
No primeiro tempo, as duas equipes travaram um combate de absoluto equilíbrio. A maior preocupação alviverde era defensiva. Com uma linha de três zagueiros, conseguiu anular bem Hulk e Nacho, os dois maiores criadores da equipe mineira. Ofensivamente, o Palmeiras tinha dificuldades para chegar com apoio ao ataque — Danilo se aproximava à área com poucas opções.
Na etapa complementar, o jogo esquentou. Uma blitz mineira logo no início deu sufocou ao Palmeiras. O Atlético-MG insistiu nas infiltrações pelo meio, e a solução foi uma ultrapassagem pelo lado direito. Jogada cantada e gol esperado de Vargas. O gol deu mais ânimo ao Galo, que ainda desperdiçou mais uma chance clara com o avante chileno.
Antes de empatar, o Palmeiras teve uma chance incrível com Rony, a partir de uma assistência de Wéverton. Nathan falhou no lance e Éverson salvou o Atlético-MG. Mais tarde, novo erro crucial de Nathan, e Verón, que tinha acabado de entrar, deixou Dudu de cara com o gol para igualar o placar.
O nervosismo tomou conta do Atlético-MG. Era mais fácil o Palmeiras desempatar o jogo no contragolpe do que o Atlético-MG conseguir a classificação. Mesmo pressionando, ficava mais inofensivo a cada minuto que corria no cronômetro.
E aí aquele penal desperdiçado por Hulk, no Allianz Parque, e o lance de Vargas, no Mineirão, começaram a fazer falta. O péssimo dia de Nathan também fez diferença, e o todo o individualismo do Galo, que era o ponto forte da equipe, teve resultado negativo se ofuscou ao coletivismo do Palestra.
No fim, deu Palmeiras. O pedido de Abel para o time jogar com inteligência, no instante em que saiu o gol do Atlético-MG, deu norte à equipe.
Abel apresenta resultados que dão credibilidade ao seu trabalho à frente do clube. O português se mostra como um especialista em Libertadores, afinal, é detentor de um feito histórico: levou o Palmeiras a duas finais de Libertadores, mesmo oscilando na temporada. Não é para qualquer um.