A resposta é sim. Apesar da Ford ter encerrado sua produção local e passar a oferecer apenas veículos importados, continua com sua operação normal no país e só para lembrar, a Ranger vem da Argentina não é de hoje, faz tempo…
Vindo do México, Argentina ou de qualquer outro país, teoricamente deveriam chegar mais competitivos, mas eu particularmente não vi isso acontecer ainda, pelo contrário, os produtos Ford tem acompanhado a média de seus concorrentes como sempre aconteceu, ou um pouco acima agora, já que a marca decidiu priorizar produtos premium, como o Bronco Sport que chegou em uma faixa de preço bem acima do esperado, impactando muito no resultado de vendas.
A Ranger Limited conta com vários componentes eletrônicos de auxílio e segurança ao motorista, como o ACC e frenagem de emergência, por exemplo. O motor é forte, mas ruidoso. O consumo é condizente com a entrega. Tem público cativo e fiel, mas será que está conseguindo manter, depois de tantas mudanças na imagem da marca por aqui? Não sei, mas que os produtos continuam como eram antes disso tudo, continuam.
A Ranger se mostra imponente, potente e atualizada perante seus concorrentes, mas o preço novamente impossibilita melhorar os números de vendas e isso é comprovado pela liderança no mês de agosto pela Chevrolet S10, que tem fabricação nacional e custa um pouco menos que a Ranger. As picapes da Mitsubishi vem melhorando e a Toyota, se conseguir abastecer o mercado, tem tudo para retomar a liderança, mesmo sendo a mais cara de todas.
Em breve, a Ford deverá apostar a maior parte das suas fichas na picape menor Maverick, que se seguir o mesmo princípio de lançamento da América, pode chegar com preço mais acessível e quem sabe com alguma versão para concorrer também com a Fiat Strada que vende muito, além claro, dos clientes da Toro.
Testei a versão mais cara da Ranger, a Limited, que custa próximo dos 300 mil reais, mas não trás uma capota marítima de série para fechar a caçamba. Poderia. Projeto de muitos anos, traz benefícios como: já ter sido muito testado, facilidade de encontrar peças, oficinas mais qualificadas, além do concessionário.
A renovação das picapes está a todo vapor pelo mundo e são elétricas, ainda mais capazes, confortáveis, tecnológicas, seguras e incrivelmente versáteis e bonitas. Com o que tenho visto, não consigo imaginar quanto custaria aqui no Brasil ter uma Rivian com mais de 700 cv, por exemplo. Deverá ser algo em torno de R$ 900 mil. Imaginável, por isso penso que infelizmente ainda vai demorar muito para termos acesso, mas que nos chegará, isso é fato!
A Ford apresentou sua primeira picape 100% elétrica, a F-150 no modelo que mais combina com a eletrificação: Lightning (Relâmpago). O primeiro ano de produção já foi vendido e a data de entrega das primeiras unidades só começarão em meados do próximo ano. Contudo, a Ford mostra estar preparadíssima para o futuro e ainda podendo aumentar sua planta fabril.
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