A falta de semicondutores no mercado não é notícia nova, porém, recorrente. Já acompanhamos essa notícia, recentemente, vinda da Chevrolet que, mês a mês perde vendas do Onix pois sua produção está parada.
Assim como a Chevrolet, a Volkswagen enfrenta o mesmo problema, tendo voltado parcialmente ontem, na fábrica de Taubaté-SP) com apenas um turno de produção e a Fiat anunciou dia 02 deste mês, paralisação parcial da fábrica em Betim (MG), concedendo férias coletivas de 10 dias aos funcionários da produção. O único produto que não será afetado é a picape Fiat Toro que é produzida na fábrica de Goiana (PE).
E ontem, foi a vez da Renault se manifestar:
“A Renault do Brasil informa que em função dos impactos provocados pela Covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos, a produção na fábrica de veículos de passeio, no Complexo Ayrton Senna, segue suspensa até o dia 27 de agosto.
Não será possível o retorno da produção no dia 12 de agosto conforme previsto anteriormente, com o término das férias coletivas em vigor”.
O que são os semicondutores?
O chip semicondutor é um micro dispositivo composto de silício, entre outros materiais que tem fácil capacidade de deixar de ser um isolante e passar a conduzir eletricidade.
“O semicondutor num automóvel moderno é utilizado em várias áreas do veículo. Para gerenciamento do motor e o câmbio, para controlar consumo, para controlar emissão de poluentes, para itens de segurança. Para itens de conectividade. Então carro pode ter de 500 a 1.100 semicondutores, diferentes semicondutores. Então a gente fala que o carro é um celular com quatro rodas”, explica Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Em nota divulgada ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), seu presidente afirmou ainda:
“Há demanda interna e externa por um volume maior de veículos, mas infelizmente a falta de semicondutores e outros insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado, apesar dos esforços logísticos empenhados pelas empresas. Os estoques de 85 mil unidades nas fábricas e nas concessionárias são os menores das últimas duas décadas, o que comprova a gravidade da situação”.
Por fim, Luis Carlos Moraes afirma que não existe previsão de normalização no fornecimento de semicondutores até meados de 2022.