Jorginho foi eleito melhor jogador do futebol europeu. Um dos principais símbolos relacionados às organizações táticas de Chelsea e Itália, o ítalo-brasileiro mostra que a eficiência pode ir além da artilharia; mas é preciso destacar que esse reconhecimento se dá principalmente às conquistas dos dois maiores torneios da temporada 2020-21: a Champions League e a Eurocopa.
Nesses dois torneios, Jorginho foi importante mas não foi o principal jogador. Não foi protagonista — como foi Kanté na Champions — mas tem números que justificam uma ótima temporada.
Em 55 jogos (por clube e seleção), acertou 90% dos passes. Primeiro volante, tem o perfil de combate. Por onde joga, é o principal marcador: nesse mesmo período, foram 113 desarmes e 355 bolas recuperadas. Além disso disso tudo, é um jogador de passes verticais, ou seja, que não vive só tocando para o lado. Foram 45 passes decisivos.
Os números e, sobretudo, os títulos dão peso à temporada de Jorginho. O melhor da Europa não foi o jogador mais genial ou o grande protagonista do ano. Foi o mais vitorioso dos principais torneios do continente, nos quais Chelsea e Itália se destacaram pelo coletivismo. Jorginho foi símbolo neste aspecto.
O prêmio de melhor da Europa pode dar uma indicação ao favorito a melhor do mundo — prêmio este que há muito tempo não ficava tão aberto. Ainda pode ser Kanté, De Bruyne ou qualquer outra surpresa. O que falta saber é qual será o critério adotado pelos eleitores.