Texto e vídeo: Renato Bellote
O Opala foi lançado no Brasil em 1967. Logo após sua chegada caiu no gosto do consumidor brasileiro, já que trazia um estilo europeu com a sólida mecânica dos modelos estado-unidenses. Além disso trazia versões para todos os gostos e todos os bolsos.
Inicialmente foi oferecido com motor de quatro cilindros em linha e 2700 cm³ cilindrada e também uma versão com seis cilindros em linha e 3800 cm³ de cilindrada. Dessa forma ele agradou os clientes que buscavam elegância, conforto e também um certo status na época, algo que a Chevrolet sabia vender muito bem.
Mas nessa coluna de estreia vamos falar de motores fortes. Na metade da década de 70 a marca lançou o 250-S, também com 6 cilindros em linha porém com 4,1 litros e 171 cavalos. Uma de suas características mais marcantes era o fato de trazer tuchos mecânicos que produziam um ruído bastante característico.
Também foi na década de 70 que a Chevrolet investiu para criar a Stock Car, categoria que trazia uma competição exclusiva com Opala e que servia para fazer uma grande propaganda de seu desempenho em relação aos rivais com motores V8. As brigas na Divisão 3 eram lendárias.
O destaque da matéria mescla um pouco das duas coisas. Esta bela Caravan 1976 traz elementos de customização da época, tais como as rodas Cruz de Malta, espelhos BMW, toca-fitas e equalizador, além dos raríssimos bancos Recaro CSE, os quais se destacavam pelos controles elétricos e diversas opções.
A cereja no bolo está no cofre do motor. Marcio Valente, um amigo de longa data, montou esse projeto com a mecânica da Old Stock Race, categoria atual que homenageia os clássicos da antiga Stock Car e traz o grid cheio de Opalas em várias etapas e circuitos diferentes.
A parte mecânica se destaca pelo coletor de escapamento, comando de válvulas mais bravo e o escapamento 6×2. Dirigir esse clássico nas ruas é uma sensação bastante singular, com destaque para os freios Willwood nas quatro rodas. Levante o som e aproveite!