A Seleção masculina de futebol está na final dos Jogos Olímpicos. Nos pênaltis, superou o México, algoz da decisão de Londres-2012, e garantiu pelo menos a prata em Tóquio.
No geral, o Brasil jogou bem. Os primeiros 20 minutos de partida me agradaram bastante: time rápido, criativo, com boas trocas de passes no ataque e bastante intensidade. Pena que o gás acabou cedo.
Faltou um detalhe importante: o gol. O número de finalizações, comparado ao volume de jogo que o Brasil teve no ataque, foi baixo. A dificuldade estava em clarear a jogada, acertar o último passe.
Jogando com dois atacantes, e com a defesa mexicana em linha baixa, era difícil realizar infiltrações. Claudinho e Richarlison, pela esquerda, e Anthony, na direita, abriam a linha defensiva adversária. Para mim, a melhor alternativa seria apostar em chutes de fora da área, mas o Brasil resolveu explorar os cruzamentos. Em um deles, Richarlison quase marcou. Parou na trave, aos 36 do segundo tempo.
Logo, o número baixo de finalizações do Brasil somado ao excepcional trabalho da dupla de zaga mexicana Montes e Vásquez, foram determinantes para que o placar seguisse zerado por 120 minutos.
Nos pênaltis, Santos brilhou. Ofuscou o veterano Uchoa, conhecido pelos brasileiros após o empate sem gols na Copa de 2014. E mais: é bom ver os jovens Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier chamando a responsabilidade e convertendo bem os pênaltis ao Brasil.
O Brasil está na final. Uma Seleção que não estava 100% pronta para o início dos Jogos, mas que se desenvolveu ao longo do torneio. O talento e a experiência de muitos atletas, não só dos que têm mais de 24 anos, mas também dos que jogam na elite europeia, foram determinantes para esse crescimento num curto período.