Durante essa semana, as ligas inglesa, italiana e espanhola se uniram para apoiar os clubes que decidissem não ceder atletas às seleções sul-americanas para a disputa dos jogos de setembro, pelas Eliminatórias. A liga francesa também se manifestou sobre o assunto, mas não disse se os clubes não vão liberar seus jogadores.
A Seleção Brasileira pode ser uma das mais afetadas pela medida. A decisão deveria ser um banho de água fria no Brasil, país que mais empenhou esforços para a realização do futebol do que pelo controle da pandemia. No momento em que veio a público o número de e-mails não respondidos para a oferta de vacinas ao Brasil, o governo federal se mostrou ágil para se oferecer para sediar a Copa América.
Por outro lado, de modo geral, não acredito que isso mude a mentalidade dos brasileiros. Alguns jogos ainda contarão com torcida — mesmo com redução no número de mortos em função da vacinação no país, ainda não há o controle local da pandemia. É o tipo de fato que pode não incomodar e gerar revolta, principalmente, com as ligas europeias.
Além disso, a guerra contra a Fifa não deve ir longe e a situação pode acabar em pizza; mas se as grandes ligas europeias firmarem o pé e seguirem com a decisão, será histórico e exemplar, principalmente, aos brasileiros.