Passados 200 dias, era de esperar que a Seleção Brasileira não voltasse em excelente forma — ainda mais pelo clima estabelecido entre jogadores/comissão técnica e CBF. O Brasil venceu o Equador por 2 a 0, numa atuação sem muito brilho, porém segura na defesa.
Uma falta de Fred, no segundo tempo, mudou o rumo da partida. Tite estava pronto para colocar Gabriel Jesus na vaga de Richarlison, até que o meio-campista do Manchester United fez uma falta — já tinha cartão amarelo — e viu o adversário pressionar o árbitro pelo vermelho. Imediatamente, o treinador brasileiro mudou a alteração e sacou Fred. Até aquela altura do jogo, o Brasil era pouco criativo e o jogo era de muitos passes errados.
O Brasil passou a variar a formação de 4-3-3 para 4-2-4. Paquetá recuou para dar mais cadência no meio-de-campo, e Neymar saiu da ponta para atuar como meia. Jesus foi para a direita e Richarlison inverteu de lado. A Seleção Brasileira melhorou bastante.
Abriu o placar numa jogada de velocidade, contando com a ajuda do goleiro. Richarlison marcou, por ironia do destino. Ainda dava para ter feito o segundo e o terceiro, ambas as chances com Gabigol, mas ele desperdiçou.
Só no fim a conta foi fechada com o pênalti convertido por Neymar — antes havia perdido, de forma bizarra, um outro penal, revisto pelo VAR.
Nem sempre vai dar pra jogar com quatro atacantes por mais de 20 minutos, a não ser que esteja numa situação desesperadora. Hoje, no caso, o Brasil tinha mais liberdade e tecnicamente era melhor que o Equador. Tratava-se de uma condição da partida em que Tite fez bem a sua leitura e readaptou a equipe. Foi bem nesse ponto.
O Brasil tem cinco vitórias em cinco jogos nas Eliminatórias. Os números de Tite são muito bons, e ainda há os que desejam sua saída por conta das convocações.
Por fim, sobre a posição dos jogadores em relação à Copa América, Casemiro deixou claro que haverá um pronunciamento depois do jogo contra o Paraguai. Vale aguardar. Poderá ser histórico.