Contra o Peñarol, Mancini deixou mais do que claro o que de fato não funciona no Corinthians. O time alternativo, recheado de veteranos, não rende em absolutamente nada — é lento e pouco produtivo —, ainda mais jogando num esquema que já foi revisto várias vezes, porque não dava certo. Vencer o time uruguaio, num jogo decisivo fora de casa, nessas condições, é um pensamento muito otimista.
Outro ponto que merece atenção tem respeito às variações táticas na partida. O lado esquerdo da defesa era inoperante. Fábio Santos e Gil tinham dificuldades para acompanhar o camisa 10 uruguaio Facundo Torres, de apenas 21 anos, e por ali o Peñarol fez 2 a 0. O que Mancini fez depois da metade da primeira etapa: inverteu Gil com Bruno Mendes, recuou Xavier e o Corinthians passou a jogar com três zagueiros. Melhorou, pouco, mas era uma melhora.
No intervalo, tirou Xavier e colocou Otero na vaga. O Corinthians voltou a jogar com uma linha de quatro na defesa, e o rendimento na partida despencou. Tomou o terceiro, o quarto e se a partida tivesse mais do que 90 minutos, seguiria sofrendo gols e não marcaria nenhum.
A partida evidencia que o que há de melhor no Corinthians é a nova geração. Mosquito, que aos poucos retoma ritmo de jogo, pede passagem na equipe titular e pode ser novidade na escalação da semifinal do Paulista.
É um momento de reformulação no clube. Jogadores consagrados e vitoriosos já não mantém o mesmo nível de outras temporadas.
Uma derrota por 4 a 0, com eliminação da competição, esclarece muito bem isso.