A cada jogo fica ainda mais clara a superioridade do Manchester City em relação às outras equipes nesta Champions. Evidenciou, nesta vitória por 2 a 0 sobre o PSG, a diferença sobre ser um time sólido, consistente e coletivo, que tem grandes chances de faturar o torneio pela primeira vez em sua história.
Sólido defensivamente. Rúben Dias e Fernandinho fizeram uma partida primorosa. Aliás, o brasileiro já havia tido uma atuação de gala na final da Copa da Liga inglesa, e mostra como é uma das peças mais importantes do plantel de Guardiola — uma infelicidade ter a carreira marcada por falhas decisivas em mundiais.
Consistente. Controlou as ações do início ao fim. Neutralizou o PSG, não sofreu. Nas melhores chances do time francês, chutes eram bloqueados pela zaga do City ou, então, iam para fora. Em outras palavras dominou, sem precisar contar com a expulsão de Di Maria.
Por fim, coletivo. O time do PSG é muito individualista, depende dos talentos de Neymar e Di Maria, que no um contra um criam as melhores jogadas dos parisienses. Hoje estavam em baixa, e o City, como um todo, em alta. Jogo rápido, com passes rápidos. Gundogan recuava para poder sair com a bola, uma vez que a saída com Walker e os zagueiros estava bloqueada — e Fernandinho abria a marcação.
E acima desses três adjetivos, há mais um, o principal: eficiente. Quando foi “preciso” jogar com os pés, Ederson foi “preciso” em seu lançamento nas costas de Florenzi, no lance que originou o primeiro gol. Em um contra-ataque fatal, Foden tabela com De Bruyne, avança pela esquerda e cruza rasteiro para Mahrez ampliar. Nos dois lances, a defesa do Paris estava desprevenida, e o City foi simplesmente cirúrgico.
Guardiola chega a mais uma final de Champions League, após 10 anos. O City à primeira decisão de sua história. Aguarda o vencedor de Chelsea x Real Madrid, e independentemente do resultado de amanhã segue com favoritismo.