Mais um ano se passou, mas a lembrança de Ayrton Senna continua viva e cada vez mais presente em todos os apaixonados por automobilismo no mundo inteiro. Já são 27 anos desde o acidente em Ímola que tirou sua vida.
Especificamente para o Brasil, Senna foi um ídolo que levou uma porção de gente a se interessar por um esporte, o automobilismo de competição, que não figurava, certamente, entre os mais seguidos, sobretudo quando o evento ocorria longe daqui. Corridas na Europa eram um objeto de poucas linhas nos principais jornais e apenas revistas especializadas lhe davam mais espaço.
Com Emerson Fittipaldi, antes, Nelson Piquet e José Carlos Pace depois, o aparecimento de Ayrton Senna, ajudado pela formidável máquina de propaganda da TV Globo, conseguiu capturar o interesse do torcedor. Um torcedor que, ao lado do futebol, acabou colocando, nas manhãs de domingo, também a Fórmula 1.
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Ao Senna, se deve esse interesse, que ainda continua vivo, embora em medida bem menor entre os brasileiros. Enquanto no exterior, o mito de Senna não sofreu qualquer arranhão ou queda em sua intensidade. Ou seja, na Europa, a lembrança de Senna é muito mais viva e atuante do que no Brasil e isso se explica facilmente, porque lá, ao lado do respeito pelo ídolo, há a paixão pela Fórmula 1 em si, a ponto de um autódromo como o de Monza, por exemplo, lotar suas arquibancadas (quando isso era possível), embora, há muito tempo, nenhum piloto italiano tenho conseguido alçar-se ao nível de fora de série.
Esperar que Senna tenha um herdeiro brasileiro é aguardar um futuro absolutamente imprevisível pois o “fora de série”, como ele, aparece sem que haja nenhuma razão específica para isso.