O Grande Prêmio de Portugal mostrou, uma vez mais, que o título desse ano é um duelo restrito a Hamilton e sua Mercedes e Verstappen com sua Red Bull, não se podendo imaginar um terceiro piloto intrometendo-se nessa luta.
Bottas, que tinha marcado a pole, conseguiu manter o primeiro lugar na largada. Atrás dele, estava Verstappen, que, porém, algumas voltas mais tarde, foi superado por Hamilton. E o atual campeão mundial, na sua corrida de recuperação, acabou superando também Bottas para assumir a liderança e não mais deixá-la até receber a bandeirada.
Na verdade, tivemos duas corridas num só GP: uma, protagonizada por Hamilton, Verstappen, Bottas e Perez e outra, pelos demais pilotos, bem distanciados, onde Norris, Sainz, Leclerc e Ocon disputavam acirradamente as demais posições. Isto, contudo, não tirou interesse da prova porque havia sempre disputa por alguma posição, mesmo que não fossem as que levariam ao pódio.
Perez, que liderou a corrida após o pit stop dos outros pilotos, foi também um dos destaques desse Grande Prêmio e contribuiu para que o espetáculo fosse realmente agradável e interessante. Ele teve habilidade para conservar os pneus médios que estava utilizando e com eles, deu mais de 50 voltas na pista, sem, por isso, deixar de ser competitivo.
Nas voltas finais, aproveitando o regulamento que dá um ponto suplementar ao ator da volta mais rápida, Verstappen e Bottas tentaram obter este ponto extra, que acabou premiando o finlandês pois o tempo do piloto holandês da Red Bull foi anulado por ele ter saído com as quatro rodas dos limites da pista.
The moment @LewisHamilton took his second win of 2021! ?#PortugueseGP ?? #F1 pic.twitter.com/wBl2oQauAb
— Formula 1 (@F1) May 2, 2021
Atrás da disputa entre Mercedes e Red Bull, ficou, uma vez mais, a luta entre McLaren e Ferrari, uma luta que se concluiu em favor da equipe inglesa, que com Norris, obteve o 5º lugar enquanto Leclerc ficou com o 6º. Entre os pilotos, ficou claro que Norris não é mais uma surpresa, mas uma brilhante realidade que veremos constantemente nas primeiras posições nos próximos anos e que, se tiver um carro competitivo, poderá até mesmo lutar pelo título, na minha opinião.
De uma forma geral, este deve ser também o panorama técnico das próximas corridas, já que o regulamento não permite fundamentais alterações no motor e, portanto, não pode haver expectativas de mudanças radicais.