Deu Real Madrid no El Clásico! Graças ao primeiro tempo impecável da equipe de Zidane, o time madrilenho bateu o arquirrival por 2 a 1 em casa e vai dormir na liderança do Campeonato Espanhol. Somando 66 pontos na tabela, o Real se iguala ao Atlético, que enfrenta o Betis fora de casa amanhã. Embora derrotado hoje, o Barcelona ainda permanece na briga, na terceira posição, com 65.
O Barcelona vinha de seis vitórias consecutivas no Espanhol, e nessa sequência parecia ter encontrado um padrão de jogo com um interessante esquema armado com três zagueiros — antes, De Jong fazia o papel de defensor central. A ideia de jogo era clara: manter a posse de bola no ataque, subir a linha de defensores para depois do meio-de-campo e, compacto, buscar uma brecha para tentar a infiltração entre os zagueiros. O problema era que o Real estava muito bem armado defensivamente.
Casemiro era encarregado por barrar Messi. O brasileiro ainda podia contar com Nacho e Militão para uma eventual sobra. Deu tão certo que o Barcelona teve apenas uma chance de gol em todo o primeiro tempo. E foi assim, se defendendo bem e armando contragolpes, que o Real conseguiu abrir boa vantagem na etapa inicial.
Primeiro, Valverde fez boa jogada pela esquerda, serviu Vasquez, que cruzou para Benzema marcar de letra. Depois, Vinícius Jr. saiu em velocidade do campo de defesa ao ataque, deixando para trás os defensores adversários. Só foi parado com uma falta a passo da grande área. Kross cobrou, contou com desvio e o Real fez 2 a 0.
Era uma partida impecável, absolutamente animadora para o confronto da próxima quarta-feira contra o Liverpool, pela Champions League. O Real tem a vantagem e espera-se que tenha uma postura mais defensiva. Nesses 45 minutos, demonstrou segurança, o que dá novas esperanças ao torcedor.
A segunda etapa foi diferente. A chuva se intensificou, o Barcelona teve uma ligeira melhora e o Real Madrid pouco produziu. A estratégia catalã permanecia a mesma, e numa daquelas jogadas em que Alba recebe no fundo e cruza, dessa vez tinha Mingueza para empurrar para o fundo do gol.
O jogo tinha equilíbrio. O Real Madrid seguia apostando nos contragolpes. Em um deles, com Vinícius Jr., o brasileiro tomou uma decisão e tentou servir Benzema. Se desse certo, gênio. Como deu errado, tudo dentro da normalidade.
Esperava-se mais de Messi. O craque argentino aparecia mais no jogo em momentos de bola parada. Em um desses, cobrou escanteio e quase marcou um gol olímpico — a trave impediu. Depois, o que se via era Messi tentando distribuir passes no meio, mas verticalmente era anulado.
No fim, Casemiro foi expulso, e no desespero do Barcelona, Moriba ainda carimbou o travessão, Ter Stegen bem que tentou pegar o rebote e na sobra do bate-rebate a bola acabou indo para fora.
Pode ter sido a despedida de Messi do El Clásico; mas jogos grandes como esse mostram que o Real é um time a ser temido — bem como vemos na Champions — e que o Barcelona, neste momento, se encontra degraus abaixo, numa fase de reconstrução.