Sempre que falo do Chelsea nesse espaço, faço questão de frisar que essa equipe de Tuschel é muito bem organizada. Só nessa Champions, esbanjou organização no domínio sobre o Atlético de Madrid, no jogo de ida contra o Porto e agora, surpreendendo o Real Madrid. O time inglês empatou em 1 a 1 contra o espanhol, no primeiro jogo da semifinal do torneio continental.
Com três zagueiros, esteve bem armado defensivamente. A saída de bola era muito bem executada: passes curtos e triangulações rápidas; a transição ao ataque durava uns cinco segundos — até porque Kanté tinha muito espaço para trabalhar — e chegava à área adversária com superioridade numérica. Só que foi pelo alto que abriu o placar, a partir de um belo lançamento de Rüdiger, que achou Pulisic nas costas de Varane.
O Chelsea é um time muito perigoso, mas o Real… é o Real. Um time de tamanha tradição no torneio deve ser temido, e um atacante como Benzema deve ter atenções redobradas. Primeiro, o francês armou boa jogada e finalizou de perna esquerda, descascando a trave. Depois, veio o gol de empate, com trabalho de pivô na pequena área, ajeitando a bola e girando o corpo para finalizar.
O jogo do Real também era defensivo, até porque vinha de boas apresentações defensivas na competição. A dupla Nacho e Militão foi bem contra o Liverpool — com grande menção a Casemiro —, e hoje ganhou o reforço de Varane. Era de fato um esquema mais cauteloso do Madrid.
Veio a chuva e esfriou os ânimos no segundo tempo. A partida em si caiu de nível. O Chelsea não foi tão superior ao Real como foi na primeira etapa, e o time de Madrid até equilibrou as ações. Tuschel colocou de uma vez só Havertz, Ziyech e James. Até surtiu efeito, mas não teve eficiência pra mudar o resultado. Já a equipe de Zidane, até ensaiou uma pressão no fim da partida, mas também insuficiente.
O resultado final foi justo, e dá boas direções para o que veremos no jogo de volta. Nada definido, apenas a vantagem do empate sem gols ao Chelsea. Parece pouco, mas pode fazer uma diferença e tanto.