Sim, em tudo e sem medo de estar exagerando. O carro ficou muito mais capaz (original) que o antigo. O antigo é incrivelmente robusto e capaz de superar desafios e continuará sendo, mas conectividade, segurança e principalmente conforto, você só encontrará no novo Defender.
Renovar totalmente um ícone, como o antigo Defender, não deve ter sido só mais um desafio para a equipe Land Rover, mas sim o maior deles, desde seu lançamento 73 anos atrás. Porque além de criarem um novo Defender, não poderiam deixar de lado toda sua história, tradição, fãs e ainda garantir a continuidade de seu legado.
O primeiro foi em 1948 e o ultimo em 2016, nestes 68 anos de produção, as melhorias sempre foram muito bem aceitas por seus consumidores, mas será que a nova geração que demorou 4 anos para chegar ao consumidor final também será tão aceita quanto as outras?
Eu acredito que sim, principalmente depois de testar por vários km´s em asfalto bom e ruim. Estrada de terra, cascalho, argiloso, esburacado, com subidas e descidas. O que mais me surpreendeu, foi no solo molhado, escorregadio, em descida com curvas. Quando tive a certeza que perderia o controle do carro, ele simplesmente corrigiu e o que eu precisei fazer foi simplesmente manter a calma e deixar a eletrônica trabalhar, foi incrível.
Qualidades não faltam também. Não só ao toque, mas em todos os aspectos podemos perceber que todo material empregado na construção foi de extrema qualidade e nada esta ali sem propósito, o que o torna honesto na minha opinião. Nada de apliques desnecessários ou ‘enfeites’. Destaque para as lanternas traseiras que dificilmente quebrarão em uma trilha, por exemplo.
Para quem faz passeios ou até mesmo trilhas, o novo Defender consegue chegar com a mesma (se não maior) capacidade off road onde o anterior costuma chegar, eu garanto. Quanto aos componentes eletrônicos, sensores e mais outras parafernálias ligadas a bateria que podem eventualmente trazer insegurança às pessoas que querem se aventurar em locais inóspitos, como no deserto, por exemplo, não tem jeito. Minha sugestão é despreocupar, pois toda construção do carro foi duramente testada em tudo que podemos imaginar, inclusive no deserto e a chance de dar problemas é bem pequena, porém existe.
A tecnologia embarcada e esses equipamentos já são muito melhores nos tempos atuais e principalmente em um veiculo premium como no caso do novo Defender, nos permitindo simplesmente curtir e esquecer da preocupação de qualquer problema de quebra que tínhamos no passado. Claro que visto pelo lado positivo.
Sendo mais realista, temos um grande exemplo, onde o especialista Luis Carqueijo participou do Rally dos Sertões sem ter nenhum problema. Quando perguntei a ele qual foi a melhor parte da competição, lembrando que é um entusiasta pela marca e possui um Defender 110 há muitos anos, disse: “Chegar inteiro depois dos 10 mil kms rodados”.
É claro que, mesmo que seja muito bom, não é perfeito e tem sim pontos negativos como não ter um motor diesel e preço atrelado ao luxo que nunca fez parte da vida dos proprietários de Defender, nem mesmo para a Rainha da Inglaterra, mas quem não gosta de conforto?
No habitáculo do motorista dá para sentir que o carro foi projetado para o mundo e não só para os que usam a ‘mão inglesa’. O conforto é extensível para os demais assentos, incluindo os dois da terceira fileira. Vários pontos de conexão USB e derivados, além de uma geladeira que é quase um ‘freezer’ no console central.
Dica do especialista: Para travessia de alagados, o principal é saber se a profundidade não é superior ao maximo suportado pelo modelo de seu carro. Analisar se não existem obstáculos ocultos no trajeto. Mantenha em primeira marcha para atingir maior rotação, evite frear durante o percurso e mantenha uma pequena onda a frente do capô, sem exagerar na velocidade. Uma revisão se faz necessário após travessias deste tipo.