De certo modo, o Palmeiras fez uma campanha histórica no Mundial de Clubes. É o primeiro sul-americano a ficar de fora do pódio do torneio e o único do continente que sequer teve um gol marcado. Um verdadeiro fracasso!
“Num subcontinente em que o futebol brasileiro domina, como a final da Libertadores entre dois times nacionais (Palmeiras x Santos) demonstrou, fica claro que o nível técnico caiu muito a ponto do representante dessa região ter sido o 4º (entre quatro disputantes, portanto o último) no Mundial de Clubes”, comentou Claudio Carsughi.
Parte disso é consequente de uma maratona de jogos decisivos que o Palmeiras enfrentou no fim de 2020, com as semifinais da Copa do Brasil, e no início deste ano; mas isso não pode representar o todo. O que houve, de fato, foi uma queda de rendimento da equipe alviverde que já era evidente há dias.
Após a derrota por 2 a 0 para o River Plate, o Palmeiras começou a oscilar. No Brasileiro, até teve boas atuações contra Grêmio (empate em 1 a 1) e Corinthians (vitória por 4 a 0), mas voltou a decepcionar na temporada no jogo frente ao Flamengo (derrota por 2 a 0). Veio a final da Libertadores e venceu jogando mal, graças a um lance iluminado no último minuto da partida.
O Palmeiras não chegou ao Catar em seu melhor momento na temporada. As atuações diante de Tigres e Al Ahly expõem um time que precisa de mudanças. Não se trata apenas de mudar a escalação como hoje fez Abel Ferreira. Em relação à semifinal do Mundial, entraram Mayke, Felipe Melo, Patrick de Paula e Willian nas vagas de Marcos Rocha, Danilo, Gabriel Menino e Zé Rafael. E o desempenho do time se manteve ruim.
As mudanças precisam aparecer na forma da equipe jogar. Contra o Al Ahly, sobraram oportunidades para surpreender o adversário com contragolpes em velocidade. Era, quiçá, o melhor caminho — e não pelo jogo aéreo.
Para a final da Copa do Brasil, será preciso se reinventar.