O Santos não fez um jogo ruim contra o Boca Juniors. Time de Cuca teve mais posse de bola e mais chutes a gol que o rival argentino. O empate em 0 a 0 reflete o quanto os brasileiros pecaram nas finalizações, sem contar um pênalti claro em Marinho não marcado pela arbitragem.
Foi pelos lados que o Santos encontrou maior facilidade para chegar ao ataque. Lucas Braga foi mais acionado e até tinha mais liberdade para criar. Soteldo, jogando centralizado, encontrou marcação dobrada no meio, e aí o melhor caminho era se deslocar para a esquerda.
Também foi possível observar o nervosismo dos atletas do Santos na hora de concluir as jogadas. Chutes de fora da área que passaram longe da meta, cruzamentos mal executados e inúmeros passes errados no ataque evidenciaram o peso de uma semifinal na Argentina.
Quanto à parte defensiva, não há grandes problemas. O maior susto foi uma bola no travessão, a partir de uma jogada criada pelo lado direito da defesa do Santos — onde atuam Tevez e Villa. Assim como foi na ida, as atenções para esse setor devem ser redobradas na volta.
Embora tenha jogado melhor, ainda há muito equilíbrio para a volta. O empate fora de casa não é tão positivo tendo em vista que não há o ‘fator torcida’ a favor do Santos na volta.
O que pode decidir para o time de Cuca na Vila Belmiro é a técnica, a tática e a raça, somente.