O que faltou ao River Plate, sobrou ao Palmeiras: eficiência. A equipe de Gallardo, na etapa inicial, criou uma série de chances perigosas, obrigou Weverton a operar um milagre nos primeiros minutos e até carimbou o travessão; mas o time de Abel Ferreira, na primeira oportunidade clara que teve na partida, aproveitou a falha de Armani e abriu o placar.
No primeiro tempo, o River realmente parecia melhor na partida, mas o Palmeiras estava muito bem armado no 5-4-1 defensivo. E como reza aquele velho ditado do futebol “em time que está ganhando não se mexe”, o alviverde manteve a postura na etapa final. Logo no primeiro minuto, uma roubada de bola no meio-de-campo e um contragolpe fatal aos argentinos: Luiz Adriano fez 2 a 0.
O futebol também tem um outro ditado popularmente conhecido: “quem não faz, leva”. Os argentinos desperdiçavam chances claríssimas, e os brasileiros aproveitavam as poucas que tinham.
O Palmeiras, cauteloso e, sobretudo, eficiente nos contra-ataques, mostrava que parecia ser fácil vencer o River na Argentina. E o adversário de fato facilitou quando Carrascal perdeu a cabeça e foi expulso.
No geral, o River estava perdido em campo. Estava tão desorientado quanto um lutador que leva dois cruzados seguidos, em cheio, nos de um lado e do outro do rosto. E ainda viria um terceiro golpe ainda mais fatal para levá-lo a nocaute: Viña, no lance seguinte da expulsão, deu números finais à partida.
Com tamanha vantagem — no placar e em número de jogadores em campo —, o Palmeiras tomou as ações da partida e teve domínio absoluto do jogo. Até dava para ter feito quatro ou cinco gols, mas ficou nisso mesmo.
A vantagem é excelente. O Palmeiras está muito próximo da final da Libertadores e, assim como foi em 1999, um 3 a 0 pode — e deve — garantir o alviverde na decisão do torneio.