Texto produzido pelo Jornalista e Consultor Automotivo, Zeca Chaves.
Alterar a quilometragem do carro é fácil, mesmo nos hodômetros digitais. Neste caso, há aparelhos ou aplicativos que fazem alteração pela tomada OBD2. No passado, quem fraudava era chamado de “Zé Marcha Ré”. Profissionais do setor estimam que 30% dos usados à venda tem a quilometragem adulterada. Mas há 9 dicas que ajudam você a não cair nessa.
1- Volante lisinho
A partir dos 90.000 km, a superfície do volante e do câmbio (se for manual), começa a ficar lisa e brilhante. Portanto, nunca pode surgir abaixo de 60.000 km.
2- Pedal desgastado
O mesmo raciocínio vale para os pedais ou o tapete sob eles. Se houver sinais de desgaste, é indício de que o veículo deve ter passado de 90.000 km.
3- Faróis e lanternas
Lentes riscadas, embaçadas ou amareladas denunciam a idade avançada do automóvel. Isso tudo não pode acontecer antes dos 100.000 km.
4- Banco gasto
Verifique o tecido ou couro do banco do motorista e seu apoio de braço. Qualquer variação de cor ou desgaste indica que é um veículo acima de 60.000 km.
5- Carimbos no manual
Se um carro tinha 90.000 km e reduziram para 20.000 km, o manual de revisões terá mais que dois carimbos (em geral, cada revisão é aos 10.000 km). Se falta esta página ou o dono diz que perdeu o manual, atenção: ele pode estar mascarando a quilometragem.
6- Placa riscada
Um automóvel que foi muito rodado, especialmente na estrada, costuma ter a placa dianteira com vários pontinhos, resultado do desgaste provocado pelo choque das pedrinhas em alta velocidade. Desconfie!
7- Pneus que não combinam
O desgaste dos pneus varia muito de um motorista para outro, mas eles duram, em média, de 40.000 a 60.000 km. Se estiverem gastos num carro de 20.000 km, há algo errado aí. O mesmo vale se a marca dos pneus dianteiros for diferente da dos traseiros. Isso revela que deve estar mais rodado do que parece.
8- Teste do scanner
Se o veículo tiver hodômetro digital, o ideal é levá-lo a uma concessionária da marca para que seja ligado ao scanner oficial. A quilometragem pode ser adulterada no mostrador, mas nunca na central eletrônica do automóvel.
9- Estepe
Carros de baixa quilometragem tem, em geral, um estepe que foi pouco usado ou nunca rodou. O fraudador nunca pensa em trocá-lo.