O São Paulo teve mais posse de bola e mais chances criadas na partida, mas foi o Grêmio que saiu na frente no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. Um erro de saída de bola do tricolor paulista deu a vitória de 1 a 0 ao time gaúcho.
Esse problema do São Paulo já havia sido evidenciado no jogo contra o Corinthians, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quando joga contra times fechados, que apostam no contra-ataque, a equipe de Diniz não tem sucesso. O adversário consegue realizar mais desarmes, vencer duelos e ter mais interceptações.
O Grêmio efetuou 22 desarmes contra o São Paulo — é um número alto. Em uma dessas roubadas de bola, Diogo Barbosa se antecipou e desarmou Luciano, o que deu origem à boa jogada de Ferreira no lance do gol de Diego Souza.
Renato Portaluppi foi muito feliz ao colocar Ferreira aos 16′ do segundo tempo, visto que em três minutos a mudança já surtiria efeito. Mais feliz ainda foi Diogo Barbosa, ao se adiantar e pegar a defesa são-paulina desprotegida.
Era o momento em que o São Paulo estava melhor no jogo — time paulista havia acabado de perder duas chances absolutamente claras —, mas era também o momento em que o Grêmio ‘subia’ a marcação e pressionava a saída de bola dos visitantes. Minutos antes, Diniz ficara eufórico com uma ‘rifada’ de bola de Bruno Alves para a lateral, justamente por conta da pressão.
Para a volta, o São Paulo precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. Para isso, precisa corrigir a saída de bola e, sobretudo, ser cirúrgico no ataque, pois perder duas chances claras e sofrer um gol logo em seguida pode custar a eliminação.