Não é novidade: racismo é crime! Por isso, o caso Gérson tem procedência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Hoje, o jogador do Flamengo prestou depoimento. Além dele, Ramirez, Mano Menezes e Flavio Rodrigues de Souza, o árbitro da partida, também foram intimados a depor.
O caso Gérson evidencia o quanto o racismo sempre esteve presente no esporte. A diferença é que atualmente ocorrem mais denúncias. No início deste mês, teve o ato histórico dos jogadores de PSG e Istambul Basaksehir, que deixaram o campo após caso de racismo envolvendo o quarto árbitro da partida. Assim como eles, Gérson teve uma reação de fúria, que dificilmente seria causada por ‘pouca coisa’. E mesmo assim, infelizmente, ainda há os que minimizam essas situações. Racismo não é malandragem nem ‘mimimi’. Mais uma vez: racismo é crime.
Nesses casos, é necessário combater os intolerantes com intolerância. É dada a importância de denunciar casos de racismo e de fazer uso da voz ativa — como bem pontuou Gérson nas mídias sociais do Flamengo — para potencializar a luta antirracista.
Que a CBF veja esse caso e comece a formular novas práticas de combate e de punição ao racismo no futebol. E, sobretudo, em especial neste caso, que criminosos não saiam impunes.