Quando Felipão assumiu o comando do Cruzeiro, o objetivo era muito claro: evitar a queda para a Série C. Na época, o time mineiro tinha 13 pontos em 16 jogos. Hoje, soma 40 pontos em 31 partidas. Tal missão está muito próxima de ser cumprida — basta apenas uma vitória para escapar de vez do rebaixamento. Quanto ao acesso à Série A, isso é uma utopia desde Scolari chegou à Toca da Raposa, e até hoje segue dependendo de um milagre.
A realidade do Cruzeiro é clara: vai seguir na Série B em 2021. Dos males, o menor. Poderia ser um ano até mais frustrante do que 2019, em caso de queda à Série C; mas não há do que se orgulhar em 2020. Trata-se do clube de maior porte orçamentário da segunda divisão, e ao ver que isso não se reflete em campo também decepciona.
Vale lembrar um fato emblemático: o Cruzeiro começou a Série B com seis pontos negativos. Uma punição da Fifa por conta do não cumprimento da ordem de pagamento, emitida pela entidade em março, referente à dívida do clube com o Al Wahda, pelo empréstimo de seis meses do volante Denilson. Todos os erros da antiga gestão ainda causam impacto no clube. Hoje, com esses seis pontos, o time mineiro ainda poderia sonhar com o acesso à elite.
Assim como se vencesse a Ponte Preta, ontem, estaria a seis pontos do G-4, também podendo sonhar; mas o Cruzeiro está longe de apresentar um futebol dê resultados, que dirá um que traga esperanças ao torcedor. Foi o que vimos no Moisés Lucarelli: abriu o placar, preferiu se defender ao invés de ampliar o marcador e sofreu a virada. É o puro retrato de um time que vive em meio às frustrações.