Em um ano de grandes alertas a respeito de mudanças na cúpula do Parque São Jorge, Duilio Monteiro Alves foi eleito presidente do Corinthians. A escolha dos sócios do clube representa a sequência do trabalho de Andrés Sanchez.
Às vésperas das eleições, a gestão Andrés concretizou os naming rights da Arena e o acordo com a Caixa para quitar a dívida do estádio. Tais ações tiveram as aprovações de 37,7% do eleitorado corintiano; mas, no geral, a avaliação da torcida sobre a atual administração do clube é absolutamente negativa, o que contradiz os resultados do pleito com os sócios.
Isso acontece por uma razão óbvia: a oposição se divide. Com uma chapa única, o resultado da eleição teria sido outro.
Nos últimos dois anos, os assuntos que mais se relacionaram à gestão Andrés tinham respeito às dívidas do clube, às contratações baratas e às ações contra o Corinthians na Justiça. Dar continuidade a esse trabalho significa se contentar com todos esses fatos.
Em campo, o Corinthians vive um ano frustrante. A temporada 2020 não será esquecida, e projetar melhorias para a próxima é o mínimo. Por um lado, há expectativa de que vai entrar mais dinheiro no clube, vindo de bilheteria — num cenário pós-pandêmico — por exemplo, sem contar apenas com vendas de jogador e outras preocupações com dívidas. Por outro, há o receio de 2021 ser mais um ano decepcionante, sem mudanças.
Por ora, enquanto 2020 não chega ao fim, resta apenas um canto em uma só voz: salve o Corinthians!