A Agência de proteção ambiental (EPA), trouxe à luz mais um escândalo de emissão de poluentes mascarada, como foi em 2015 o dieselgate, que mostrou as manipulações que a Volkswagen e outros fabricantes de automóveis fizeram para “esconder” os valores reais de poluentes que seus carros emitiam.
Porém, nesse caso, não se trata de marcas e sim de modelos que seus próprios donos mexeram, para driblar a fiscalização de meio ambiente. Os policiais federais descobriram que existem ao menos 500.000 picapes à diesel, comercializadas nos Estados Unidos equipadas com um dispositivo que inibe os sistemas de tratamento de gases de escape para obter melhor desempenho.
As mudanças foram feitas pelos proprietários em oficinas especializadas, onde a eletrônica de gerenciamento do motor foi modificada para aumentar o desempenho das picapes. O impacto ambiental dessa ação, segundo a EPA é incalculável, por isso as autoridades apontam esse fato como muito mais grave que o dieselgate.
Acredita-se que ao estender a fiscalização para as outras picapes, esse número aumente exponencialmente e os primeiros procedimentos já começaram, multando várias empresas. Na Flórida, por exemplo, o Punch It Performance Tuning já concordou com uma indenização de 850.000 dólares para arquivar as acusações. Ao contrário do dieselgate, a EPA não publicou comunicados oficiais, quem revelou o escândalo foi o vice-diretor da Divisão de Repressão Aérea, Evan Belser, que enviou o relatório a três organizações de controle de emissões. Descobriram até agora 28 empresas ativas na construção de aproximadamente 45 dispositivos para picapes à diesel.
A EPA já está a partir desse escândalo, de olho nos procedimentos de controle de vários estados americanos, alguns dos quais não garantiam uma análise aprofundada das emissões dos veículos já comercializados.