Em seu primeiro desafio em 2020, a Seleção Brasileira se mostrou convincente. Confirmou o favoritismo contra a Bolívia e venceu o jogo por 5 a 0, em São Paulo. O que chama atenção é a evolução dos comandados por Tite quando comparados ao time do segundo semestre de 2019 — parece outra equipe, mas com a mesma base de jogadores.
Contra a Bolívia, o Brasil foi criativo, inteligente e talentoso. E alguns papéis de jogadores foram importantes para isso.
Neymar jogou solto. Se posicionava pelo lado esquerdo, na faixa central, atuando ao lado de Coutinho. O camisa 10 tinha liberdade para criar pelo fundo e pelo meio, e não tinha obrigações de marcação, pois era muito bem apoiado por Renan Lodi — tanto nas subidas ao ataque quanto nas descidas à defesa. Além disso, Coutinho também foi beneficiado ao atuar mais próximo do craque do PSG pelo meio.
Quando Lodi subia ao ataque, tinha a proteção de Douglas Luiz. O jogador de Aston Villa apoia bem a marcação, dá boa movimentação ao meio de campo e oferece passes verticais — versátil, foi bem nesse teste.
Do outro lado, Cebolinha jogou aberto e tinha mais incisão no ataque. No segundo tempo, deu lugar a Rodrygo, que ganhou apoio de Coutinho por aquele setor. Interessante também o apoio que Danilo dava ofensivamente, não se prendendo apenas à lateral.
O Brasil jogou bem compacto. Havia momentos em que contava com cinco jogadores no ataque: Lodi, Neymar, Coutinho, Firmino e Cebolinha. Na saída de bola, tinha pelo menos seis jogadores como opção de passe.
Taticamente, foi uma boa atuação da Seleção. É claro que o adversário era fraco, mas isso não diminui os méritos da equipe de Tite