Robinho está de volta ao Santos. Clube alvinegro contratou o atacante, que em 2017, foi condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália.
Mas isso não nos causa surpresa — e que dirá indignação dos cartolas brasileiros —, afinal, naturalizar a violência de gênero já se tornou uma normalidade no país do futebol.
Dudu foi embora do Palmeiras — com ajuda do clube alviverde — após ser denunciado pela ex-esposa por agressão. O próprio jogador declarou que o caso na Justiça o motivou a deixar o país.
O goleiro Jean espancou a ex-esposa. Sua maior punição foi ser demitido do São Paulo. Hoje, disputa a Série A do Campeonato Brasileiro pelo Atlético-GO.
Isso sem contar que o goleiro Bruno ainda soma passagens alguns clubes menor expressão no Brasil, e por onde ele passa, tira fotos com fãs.
Há torcedor que comemora a vinda de Robinho ao Santos. Há também aqueles que, em agosto, trabalharam na campanha santista contra a violência doméstica, que cresceu cerca de 50% durante a pandemia de coronavírus, e que hoje defendem o jogador no clube.
Idolatrar jogadores com histórico de violência de gênero é contribuir para a impunidade no país. E é desse jeito que cada vez mais o futebol alimenta a cultura do estupro no Brasil.