Nonagésima segunda vitória de Hamilton, que supera assim Schumacher, que tinha 91, e se coloca estatisticamente como o maior vencedor de todos os tempos.
Uma corrida que teve muita sensação na largada até a 20ª volta, quando Hamilton assumiu a liderança e não mais a deixou. Nas voltas iniciais, tivemos Sainz com pneus macios liderando, seguido por Bottas e Hamilton. Na 4ª volta, o toque entre Perez e Verstappen modificou as primeiras posições e na 6ª volta, tínhamos Bottas líder, já marcando o melhor rendimento dos pneus médios, com os quais tinham largado Mercedes e Ferrari. Aí, começou a grande perseguição de Hamilton para superar seu companheiro de equipe, o que o fez na 20ª volta.
O pódio acabou mostrando aquilo que era esperado: vitória do piloto inglês, seguido por Bottas e Verstappen, o que representa também a atual hierarquia dos carros, sendo as Mercedes à frente da Red Bull, sendo que a segunda equipe conta e muito com a habilidade de Verstappen para conseguir resultados que julgam um pouco acima de suas reais possibilidades mecânicas e é fácil ratificar isso vendo as posições ocupadas durante as corridas pelo piloto belga e por seu companheiro de equipe, Albon. Então, no sucesso – claramente relativo, pois Verstappen não tem meios de lutar pela vitória -, vai mais o valor do piloto do que o valor do carro.
O mesmo pode se dizer com relação ao 4º lugar de Leclerc, muito mais um posicionamento devido à indiscutível habilidade do piloto do que as qualidades do carro. Carro que vem evoluindo pouco a pouco através de uma série de modificações aerodinâmicas, mas que está ainda muito longe de ser uma ameaça aos três primeiros colocados.
A escolha de pneus acabou determinando também a atitude de determinados pilotos durante a corrida. Foi o caso de Ocon, que conseguiu economizá-los bastante, tanto que só fez o seu pit-stop na volta de número 55. Esse foi, do ponto de vista técnico, um dos destaques desse GP de Portugal, disputado pela primeira vez no circuito de Portimão, um circuito, por sinal, que lembra, sob vários aspectos, o circuito belga de Spa-Francorchamps.
Talvez, a comparação mais clamoroso entre dois pilotos de uma mesma equipe, durante esse GP de Portugal, tenha sido o da Racing Point, onde nós tivemos Perez, que teve problemas nas voltas iniciais e chegou a ocupar o último lugar, conseguindo terminar a corrida em 7º lugar e ganhando o título de piloto do dia em votação aberta aos espectadores, enquanto seu companheiro Stroll teve uma corrida apagada e jamais conseguiu qualquer destaque, levando duas punições, inclusive chegando a abandonar. Sergio Perez, por exemplo, está desempregado, enquanto o piloto canadense tem seu lugar garantido na equipe financiada por seu pai, Lawrence Stroll, o que mostra que, no mundo da F1, o patrocínio de alguém de fora (o “paitrocínio”, no caso) é extremamente importante.
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L'accrochage entre Stroll et Norris, le Canadien qui fait la même erreur que lors des essais libres…
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— DriveThrough (@DT_F1_) October 25, 2020
O campeonato caminha como se esperava para o 7º título de Hamilton, que vai assim igualar Schumacher, e mesmo querendo fazer uma projeção para o futuro imediato, isto é, 2021, não se tem elementos válidos para poder pensar numa mudança dos valores técnicos até aqui firmemente estabelecidos.
Confira a classificação completa do GP de Portugal de Fórmula 1 em Portimão: