Tiago Nunes não é mais técnico do Corinthians, mesmo um dia depois de ser bancado no cargo por Andrés Sanchez. Até então, era possível afirmar que o fato de não ter sido após o clássico era de que o alvinegro não desejava dar esse “gostinho ao rival”, assim como aconteceu depois da derrota para o São Paulo. Hoje, a diretoria corintiana pelo menos se mostrou mais profissional em relação a esse aspecto.
Três dias atrás, em entrevista ao Globoesporte.com, o presidente garantiu o treinador no cargo, até mesmo em uma situação insuportável para tirá-lo. “Eu não vou mandar o Tiago Nunes embora neste momento. Ele não tem culpa (da fase ruim). Tem culpa, mas apenas uma parcela, não é o único. Está uma pressão insuportável para tirá-lo. Não vou tirar. Quando ele perder o grupo, sim. Enquanto tiver o grupo, ele continua sendo técnico do Corinthians”, disse o mandatário. A partir daí é possível concluir que Tiago Nunes perdeu respaldo do elenco.
Mas não só isso: foram 28 jogos no comando da equipe (26 oficiais e 2 amistosos), com 10 vitórias, 10 empates e 8 derrotas, com 47,6% de aproveitamento. Tiago Nunes foi contratado para impor seu estilo de jogo ofensivo, agressivo e construtivo. Não deu certo.
Tiago Nunes tem parcela de culpa sobre o atual momento do Corinthians. A demissão continua sendo mais do mesmo. É mais fácil culpar o treinador pelo elenco mal montado e limitado, pelos salários atrasados e pelos problemas administrativos.
E agora?
Resta saber se o Andrés trará um novo treinador ou se deixará o barco à deriva até as próximas eleições presidenciais do clube. Por enquanto, Coelho reassume o Corinthians interinamente. Há possibilidade de ser efetivado, até porque o mercado está escasso, mas só se conseguir bons resultados até o pleito. Espera-se, agora, que vários candidatos façam garantias de contratações de novos treinadores como promessas de campanha.