Sergio Perez não será o piloto da Aston Martin, pois deixará a Racing Point no final deste ano, como ele mesmo anunciou pelo Twitter, destacando que, após 7 anos, seu ciclo com a equipe estava chegando ao fim. Embora, lembramos nós, seu contrato fosse válido até 2022.
Na sua mensagem de despedida, Perez se declara orgulhoso de ter salvo o lugar de trabalho de tantos companheiros, referindo-se à situação falimentar da equipe e contextual recompra por parte de Lawrence Stroll, em agosto de 2018, com mudança de nome de Force India (quando pertencia a Vijay Mallya) para Racing Point.
Por trás dessa decisão, está a chegada na equipe de Sebastian Vettel, que tem assim uma oportunidade de permanecer na Fórmula 1 no momento em que sua aposentadoria parecia bastante provável. Para Vettel, a Aston Martin será a sua quinta equipe de F1, após ter pilotado BMW-Sauber (2007), Toro Rosso (2007-2008), Red Bull (2009-2014) e Ferrari (2015-2020). Em sua carreira disputou até aqui 249 GPs, com 53 vitórias e 4 títulos mundiais seguidos (2010-2013).
A busca de um piloto de renome para a Aston Martin constituía uma escolha obrigatória para a firma britânica, desde o momento em que anunciou sua volta á Formula 1, após 60 anos de ausência.
No mês de janeiro Lawrence Stroll, o bilionário canadense, já proprietário da Racing Point, tinha se tornado o maior acionista da Aston Martin anunciando que em 2021 haveria uma grande transformação na equipe. A escolha de Vettel, que por várias semanas tinha dividido as preferências de Stroll com o nome de Fernando Alonso, permitirá à equipe apresentar-se em 2021 com um piloto de ponta, ao lado de Lance Stroll, filho do dono e protagonista de um belo terceiro lugar no último GP da Itália, domingo passado.
A outra novidade digna de nota da F1 é a volta de Fernando Alonso que noticiamos em julho, após dois anos durante os quais colecionou vitórias nas 24 Horas de Le Mans, decepções nas 500 Milhas de Indianapolis e experiência no rally Paris-Dakar. O espanhol volta para a Renault, o time onde ganhou seus dois títulos mundiais (2005 e 2006), e vai encontrar um carro pintado não mais de amarelo e preto como até aqui mas azul, já que a denominação oficial será Alpine.
A famosa marca francesa, fundada em 1955 como montadora especializada na construção de carros esporte, desde 1973 está integrada no Grupo Renault. Este vai lhe fornecer os motores híbridos, mas a equipe continuará sediada na Grã Bretanha, em Enstone, numa operação de marketing que tem como objetivo promover a marca Alpine.