Saiu Tiago Nunes, e os problemas permaneceram. É evidente que a demissão de um treinador não é suficiente para os problemas de um clube, ainda mais nessa situação do Corinthians.
O jogo contra o Fluminense teve algumas situações que merecem atenção. O Corinthians praticamente não pega na bola no início da partida. Sofre o gol cedo e Coelho promove uma alteração aos 17′ do primeiro tempo. Isso ilustra a dificuldade em escalar o time.
É esperado, na maioria dos casos, que substituições melhorem o desempenho da equipe ao longo da partida. No caso do Corinthians, o estado é praticamente inalterado. As mudanças são sempre as mesmas. Nada novo, nada da base. Sidcley entrar, no fim do jogo para resolver — como aconteceu contra o Palmeiras —, para mim, é emblemático: é a cereja de um bolo todo despedaçado.
Leva tempo para as coisas se ajustarem, mas isso o Corinthians não tem de sobra, e a paciência do torcedor também já se esgotou.
O atual momento do Corinthians exige mudanças radicais. Para isso é preciso tomar decisões que fogem do comum.
A gestão — ruim — de Andrés Sanchez dá a impressão de que encerrou as atividades. Depois de fechar os naming rights da arena, parece que a missão foi concluída ao deixar um legado. A demissão de Tiago Nunes foi a toque de caixa, mas os problemas do Corinthians ficam para a próxima gestão.