Em um GP repleto de desastres, uma vitória inesperada do francês Gasly

Foto: Reprodução/F1

Em Monza, tivemos dois desastres: um, absolutamente esperado e até mesmo lógico, o da Ferrari em função da atual inferioridade dos carros de Maranello com relação aos principais adversários e outro, absolutamente surpreendente, da Mercedes, que nos treinos tinham mostrado total superioridade e na corrida, acabaram tendo que se contentar apenas com modestos 5º lugar de Bottas e 7º lugar do líder do campeonato, Hamilton.

Isso ocorreu praticamente na metade da corrida, que tinha tido uma ótima largada de Hamilton e péssima de Bottas, apenas 6º já na 2ª volta. Na 7ª volta, Vettel foi reto e bateu nas barreiras de isopor, sendo então obrigado a abandonar. Com o desenrolar da corrida, a superioridade de Hamilton foi ficando clara: na 10ª volta ele já tinha 5 segundos de vantagem sobre Sainz, mas seu festival, que parecia encaminhá-lo rumo à vitória de número 90, começou a mudar quando o acidente de Magnussen obrigou, na volta 21, a entrada do safety-car e consequente reagrupamento de todos os carros.

Na 25ª volta, Leclerc bateu e a corrida foi interrompida na 27ª volta. No momento, Hamilton entrou no box quando o mesmo estava fechado. Ele foi então penalizado com 10 segundos e quando voltou à pista, estava à 29 segundos e 1 décimo do líder Gasly. Restava-lhe apenas tentar uma corrida de recuperação, que o levou a ocupar o 7º lugar na ordem de chegada, enquanto Bottas, numa jornada pouco favorável, sem ter nenhum problema mecânico, acabou em 5º, jamais dando a impressão de poder sequer lutar pelo pódio.

Um pódio inédito, com Gasly em sua primeira vitória em um GP de Fórmula 1, Sainz, da McLaren em segundo e Stroll, da Racing Point em terceiro. Para Sainz, um excelente cartão de visita para aquela que será sua grande torcida ano que vem, a torcida de Ferrari, embora uma torcida virtual, já que não era admitida a presença de público no autódromo de Monza. Isso vai ser um pouco alterado no próximo domingo, quando teremos o GP da Toscana, no circuito de Mugello, e pouco mais de 3 mil felizardos terão a oportunidade de ocupar as tribunas do circuito. Uma chance de pronta recuperação para a Mercedes, nenhuma chance de recuperação para a Ferrari, que vai amargar não só esse campeonato, mas também o próximo, já que não poderão ser feitas alterações no carro até chegar a 2022 e aí sim, espera-se um carro realmente competitivo.

Uma curiosidade é que, embora a Ferrari não tenha ganho, com o sucesso da AlphaTauri (antiga Toro Rosso) no pódio, tivemos, ao lado do hino francês para celebrar a vitória de Gasly, o hino da Itália pela vitória da equipe italiana.

Confira a classificação completa do GP de Monza: