Domingo, nas imediações da Vila Olímpica de Sochi, na Rússia, teremos a disputa do 10º GP desta temporada num circuito que mede 5.848 metros e tem 18 curvas. Este circuito é moderno, pois foi inaugurado em 2014, sendo o quarto, quanto a comprimento, atrás de Spa-Francorchamps (na Bélgica), Baku (no Azerbaijão) e Silverstone (na Inglaterra) e apresenta a curiosidade de exigir 17% do tempo total do GP em freadas.
As freadas mais violenta acontecem nas curvas 2 e 3, sendo que na primeira os carros passam de 336 a 131 km/h, com desacelerações severas (se alcançam 6,1 G) e temperatura dos freios bem altas.
O circuito, como vários outros, foi projetado pelo arquiteto alemão Hermann Tilke e realizado após, ao longo dos anos, vários outros projetos tinham sido deixados de lado por questões financeiras e burocráticas. O maior vencedor é o inglês Lewis Hamilton, que triunfou em 4 oportunidades, e é, uma vez mais, o grande favorito para o sucesso. Nesse domingo, ele terá a chance de igualar a marca de 91 vitórias de Michael Schumacher na Fórmula 1 e teremos todo esse momento documentado na terceira temporada da série Drive to Survive (em português: F1 – Dirigir para Viver) da Netflix, que deve ser lançada na plataforma de streaming no primeiro trimestre de 2021.
CARACTERÍSTICAS DA PISTA
– Inaugurado em 2014, o asfalto de Sochi amadureceu gradualmente ao longo dos anos. No entanto, a pista ainda é conhecida por oferecer níveis comparativamente baixos de aderência.
– Duas semanas após os três pneus mais duros da gama terem sido utilizados em Mugello, a Pirelli agora traz os três mais macios da linha para Sochi: C3 como P Zero branco duro, C4 como P Zero amarelo médio e C5 como P Zero vermelho macio.
– A escolha do pneu é, na verdade, um passo mais macio do que no ano passado, quando o C2, C3 e C4 foram selecionados. A maioria dos pilotos parou uma vez em 2019: apenas cinco dos 15 que chegaram ao final pararam duas vezes, e isso foi amplamente influenciado pelo safety car.
– A curva mais exigente é, definitivamente, a três: uma à esquerda de raio constante de 750 metros, trabalhando o pneu dianteiro direito mais fortemente. O restante do circuito é, em grande parte, composto de curvas de 90 graus de velocidade lenta ou média, dando a Sochi a sensação de um circuito de rua (tendo sido construído em torno do Parque Olímpico).
– Para a Ferrari fica a curiosidade de ver como o novo pacote aerodinâmico, do qual algumas partes já estarão presentes neste GP, poderá melhorar sua aderência e consequentemente seu desempenho geral. Se os resultados forem positivos, o time de Maranello poderá pensar em melhorar seu até agora decepcionante desempenho neste mundial.