Os motores acabaram de roncar em Monza e toda a caravana já se deslocou para o circuito de Mugello, onde domingo será disputado o inédito GP da Toscana, uma denominação nunca antes utilizada para uma corrida do mundial de Fórmula 1.
Este circuito, situado perto de Firenze, receberá pouco mais de 3 mil espectadores na segunda das três corridas da F1 na Itália nessa temporada, mas não deverá dar-lhe motivos de vibrar pois a previsão é de novo um desastre da Ferrari. Um carro nascido mal que, em função do regulamento, não poderá ser profundamente modificado em 2021, pelo que os torcedores só podem sonhar com algo melhor para 2022.
O prognóstico, como de hábito, é de uma total superioridade da Mercedes, sendo sua dobradinha, com Hamilton e Bottas, o resultado mais provável. E como a meteorologia fala em tempo bom, nem mesmo a possibilidade de uma chuvarada, capaz de alterar a atual hierarquia técnica, deve ser levada em conta.
Assim, Verstappen e sua Red Bull, por exemplo, podem pensar apenas no terceiro lugar do pódio mas a corrida deverá apresentar muita luta nas posições subsequentes e a TV certamente estará atenta a isto, sobretudo se, como se pensa, Hamilton disparar na frente e mostrar claramente que ninguém tem carro para tentar atacá-lo. Infelizmente, é o que nos resta…
CARACTERÍSTICAS DA PISTA
– Localizada nas colinas da Toscana, há muitas mudanças de elevação em Mugello, juntamente com uma pista bastante estreita e com algumas ondulações. Isso ajuda a dar uma sensação da velha escola ao circuito, inaugurado em sua forma atual em 1974, mas com raízes que remontam a um percurso de estrada de 1914.
– As 15 curvas são principalmente de média a alta velocidade, sem chicanes muito estreitas ou grandes zonas de frenagem ao longo da volta de 5,2 quilômetros.
– As curvas Arrabbiata, para a direita, são as duas mais rápidas da pista, provavelmente feitas em um carro de Fórmula 1 a velocidades de cerca de 260 ou 270 km/h.
– É um layout bastante técnico, pois cada curva é crucial por diferentes razões: o complexo Luco – Poggio Secco – Materassi no início da volta tem tudo a ver com manter a maior velocidade de contorno possível e ter um traçado perfeito, enquanto as curvas Biondetti no final da volta (que quase compõem uma chicane natural) são vitais como plataforma de lançamento para a volta seguinte.
– O asfalto de Mugello é notoriamente agressivo, novamente exigindo mais dos pneus. A pista foi totalmente recapeada pela última vez em 2011.
– O atual recorde (não oficial) de volta com um F1 é de Rubens Barrichello, com uma Ferrari, em 2004: 1min18s704, que deve ser quebrado este ano. Embora Mugello nunca tenha sido usado para uma corrida de Fórmula 1 e seja mais conhecido por motos, é um local estabelecido para testes de F1.