É emblemático: o Flamengo, clube que mais pressionou pela volta do futebol e que apresentou planos “perfeitos” é, atualmente, o que dá o pior exemplo aos demais clubes do futebol brasileiro, sobretudo, à sociedade.
O Flamengo teve 33 casos confirmados de Covid-19 no clube. São 16 jogadores e outros 17 membros da delegação que estava no Equador.
O rubro-negro ainda tem um jogo marcado para domingo, contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, mesmo com o crescimento constante de funcionários testando positivo para o coronavírus — após a CBF, o STJD confirmou que haverá o confronto.
Em paralelo, a CBF orquestrou um plano de volta de público com 30% da capacidade do estádio, aprovado pelo Governo Federal. Alguns governos estaduais interviram e aboliram a medida.
Se as grandes entidades do país e do futebol brasileiro fossem sérias e realmente estivessem preocupadas com a saúde dos atletas, nem teríamos futebol a essa altura. São interesses próprios que norteiam as decisões dos cartolas e políticos.
É exatamente o que eu já escrevi inúmeras vezes neste portal: no país do futebol, a saúde aparece em segundo plano.