
Foto: Reprodução/CVC
Fazer planos para uma viagem era uma questão fácil de resolver; você escolhia um destino, a data e o quanto podia gastar. Mas a pandemia veio e mudou tudo. Viagens tão sonhadas foram adiadas ou canceladas e hoje sobraram somente expectativas.
Isto porque o turismo no mundo foi atingido em cheio pelos efeitos da COVID-19, trazendo um universo de incertezas para quem quer viajar, seja por lazer ou a negócios.
Porto de Galinhas, em Recife (Foto: Reprodução)
A Expedia, uma das empresas líderes do turismo, teve uma queda de USD 57 milhões de lucro em comparação com o primeiro semestre de 2019, segundo os analistas da RBC Capital Markets. Milhares de agências de viagem fecharam suas portas e o setores de hotelaria e restaurantes demitiram boa parte de seus funcionários. Companhias aéreas reduziram drasticamente seus vôos.
Algumas cidades brasileiras já estão reabrindo para receber turistas como Natal, Fortaleza, Porto de Galinhas, Capitólio, Foz do Iguaçu entre outras. Mas a questão é: qual a garantia que você terá se comprar um pacote de viagem? Na minha opinião, vai depender muito da empresa e do agente de viagem que você escolher para organizá-lo.
Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (Foto: Reprodução)
Por outro lado, será preciso enfrentar uma nova realidade: uso de máscaras, álcool gel, distanciamento social e medo do contágio.
Em entrevista recente para a PANROTAS, o gerente de consultoria do Hospital Sírio Libanês, Rafael Saad, disse que viajou em julho e que nas aeronaves as pessoas continuam sentadas próximas umas das outras; também não notou a exigência de distanciamento de no mínimo um metro e meio no raio-X dos aeroportos por onde passou.
Acredito que a segurança para viajar somente acontecerá depois da vacina, que ainda está em desenvolvimento. Muitos dizem que ela estará pronta em outubro deste ano, mas não dá para contar com um fato tão incerto.
Comprar uma viagem em meio à pandemia e com uma probabilidade grande de recessão é um risco, tanto financeiro como emocional. Mas sei que a vontade de passear é grande, ainda mais depois de 5 meses em isolamento social, então seguem alguns conselhos para ter um pouco de tranquilidade:
1- Evite destinos internacionais. A não ser que tenha dupla nacionalidade; pois as fronteiras estão fechadas para brasileiros. Somos o segundo país mais atingido pelo coronavírus e não há previsão de reabertura; alguns países tem exigido que o visitante cumpra 14 dias de isolamento depois da sua entrada.
Gruta do Anjo, em Socorro/SP (Foto: Reprodução)
2- Prefira viajar de carro. O risco de contágio é bem menor do que em transportes coletivos. Mas se parar para abastecer, lembre-se de seguir as regras de higiene;
3 -Escolha destinos com atrações abertas e arejadas. Muitas pessoas tem escolhido lugares que explorem mais pontos turísticos junto à natureza, com cachoeiras e parques.
Capitólio, em Minas Gerais (Foto: Reprodução)
4- Procure um agente de viagem e consulte sobre a idoneidade da empresa, porque se houver cancelamentos ou contratempos, é ele que irá auxiliá-lo.
5- Faça programações para datas próximas. Há uma instabilidade enorme e nenhuma garantia de que a cidade para onde vai avançará de fase de reabertura. Um aumento no número de casos e mortes pode alterar tudo de uma semana para outra. Caso decida aproveitar aquela promoção de réveillon, certifique-se que o valor poderá ser restituído em caso de cancelamento. Em geral estas tarifas promocionais são não reembolsáveis.
E lembre-se: a opção por viajar é sua, mas seguir as regras de higiene não é opcional. Ao decidir sair é preciso ter em mente que, apesar de algumas cidades estarem reabrindo para o turismo, ainda temos entre nós uma ameaça à saúde, cuja cura não foi descoberta e sem vacina disponível para nossa proteção. Arrume as malas da alma e coloque nelas alegria e esperança porque é uma situação transitória, A PANDEMIA VAI ACABAR e logo você voltará a viajar como antes.