Debaixo de sol forte, São Paulo e Corinthians fizeram um clássico ruim no Morumbi. O tricolor venceu por 2 a 1, resultado que dá tranquilidade a Fernando Diniz e gera ainda mais discussões sobre o trabalho de Tiago Nunes.
No primeiro tempo, o São Paulo teve mais presença no ataque, mas finalizou pouco à meta corintiana. O Corinthians apresentava muita dificuldade na saída de bola e mal chegava à área são-paulina. O primeiro gol saiu de uma bela cobrança de falta de Hernanes, contando com falha de Cássio.
Veio a parada técnica e Tiago Nunes observou, em conversa com os jogadores, que era preciso explorar o lado direito do ataque. Foi por ali que, imediatamente, o Corinthians conseguiu empate: Cantillo deu belo lançamento para Ramiro, que também contou com falha de Volpi.
Para o segundo tempo, o jogo caiu muito de produção, também por consequência do forte calor da capital paulista, ao meio-dia; mas as alterações promovidas pelos dois treinadores mudaram o rumo do jogo. Tiago Nunes começou o jogo com uma linha formada por Cantillo e Éderson – não funcionou, visto que os dois jogavam mais próximos da defesa e não saíam para o jogo. O colombiano deixou o campo, segundo a assessoria do clube, por cansaço. Assim, despencou a produtividade no meio-campo alvinegro. Já Diniz, colocou os meninos da base em campo, e foram justamente eles que fizeram a diferença. O gol nos acréscimos é consequência da aposta do treinador.
Ou seja, de lição poética do clássico podemos concluir que um time mexe e dá certo, enquanto o outro muda a cada rodada e não consegue bons resultados.
O São Paulo chega à terceira vitória consecutiva no Brasileiro, para o alívio de Fernando Diniz. O Corinthians segue sem vencer, para a dor de cabeça de Tiago Nunes. Aliás, em agosto, o alvinegro só ganhou do Mirassol e do Coritiba, porque contou com um homem a mais nos dois jogos. No 11 contra 11 está difícil. No mínimo, preocupante.