Corinthians e Palmeiras ficaram no empate sem gols, no primeiro jogo da final do Paulista. No geral, um jogo ruim, de muitos passes errados, rifadas de bola – chegou a ser exagerado –, faltas e finalizações nas arquibancadas.
Weverton se redimiu da falha que teve no duelo de 22 de julho. Foi um dos personagens principais do jogo com duas defesas importantes no primeiro tempo – uma delas, um milagre. Outro fator determinante para que o placar seguisse zerado foi a defesa do Corinthians, muito bem estruturada por Tiago Nunes.
A principal estratégia do Palmeiras era a bola longa, destinadas a Rony, pela direita, ou a Luiz Adriano, pelo meio. Gil e Avelar vão bem pelo alto, e até por isso Cássio trabalhou pouco. As jogadas de fundo do alviverde não tinham sucesso. O Palmeiras, nem chutando de longe, chegou a criar uma chance clara de gol.
Já do lado do Corinthians, a criação funcionou apenas no primeiro tempo, quando Luan se apresentou ao jogo: na primeira oportunidade, deixou Ramiro na cara do gol, que desperdiçou; na segunda, fez o cruzamento que sobrou para Vital, mas Weverton buscou no canto. Depois, caiu muito de produção.
O segundo tempo foi horrível para ambos os lados. O Palmeiras é uma equipe intensa de muita posse de bola no ataque, mas que cria poucas chances claras – a melhor oportunidade foi uma falta frontal defendida por Cássio. Willian e Bruno Henrique entraram na volta do intervalo e melhorou – mas não o suficiente.
Já o Corinthians, é absolutamente dependente de Luan, para a criação pelo meio, e de Fagner, para as jogadas pelas pontas do campo. O meia se apagou e o lateral teve mais trabalhos defensivos. Éderson, que vinha em alta após marcar dois gols em dois jogos, não foi bem. Cantillo, recuperado da Covid-19, e Araos deram outro ritmo ao meio-de-campo alvinegro.
Para o jogo da volta, minhas expectativas são baixas. Espero um duelo semelhante ao que foi apresentado hoje. E, por ser a decisão do campeonato, projeta-se um confronto ainda mais nervoso.