Era o jogo para apresentar evolução, ter uma sequência de resultados positivos e engrenar na temporada. Contra o Fortaleza, o Corinthians retrocedeu.
Foi bem até os 15′ da etapa inicial. Depois disso, foi apático, lento e inofensivo.
A proposta da equipe de Rogério Ceni era clara. O Fortaleza armado num 4-2-4 esteve muito bem fechado e apostou em contragolpes. O Corinthians tinha mais posse de bola, trocava passes e jogava com paciência para se infiltrar na defesa adversária. Não teve sucesso porque não era dinâmico, muito menos irreverente.
A ideia de Tiago Nunes de jogar com dois pontas deu mais ou menos certo – pelo lado esquerdo, Léo Natel vem se mostrando bem, mas pelo direito o jovem Ruan vai precisar de mais tempo.
Pensando em criação, o treinador tem o dever de encontrar novas alternativas para fazer o ataque funcionar. Araos esteve em noite ruim e errou muitos passes. Luan entrou bem, colocou uma no travessão e outra para dentro do gol. Ambos têm funções importantes para a criação, mas o Corinthians não pode jogar em função de apenas dois atletas.
Também foi possível ver Boselli e Jô juntos. Foi uma alternativa tomada na base do desespero, pois àquela altura o Corinthians perdia por 1 a 0. Acredito que seja possível explorar melhor essa ideia, mas de uma forma bem diferente como foi hoje, porque abriu muito espaço no meio-de-campo.
No fim de semana, o Corinthians tem clássico contra o São Paulo, no Morumbi. Até lá, tem muita coisa para mudar e pouco tempo.